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Uma rede social para sonhar e realizar

Djeison e John Moreira: irmãos escolheram Curitiba para novo negócio | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Djeison e John Moreira: irmãos escolheram Curitiba para novo negócio (Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo)

Uma rede social que realiza sonhos. Esse é o negócio dos irmãos Djeison e John Moreira, que vieram de Caçador, no Oeste de Santa Catarina, para colocar o sonho em prática em Curitiba. A ideia saiu do papel com um investimento de R$ 200 mil, feito por quatro sócios, e já acumula, na versão beta do site, 15 mil usuários. Nesta quinta-feira, a versão oficial do Dreabe é lançada com a perspectiva de que em um ano tenha 100 mil usuários.

O desafio é grande, mas não é difícil de ser realizado, pois o ativo da rede está nas mãos (e nas cabeças) de todas as pessoas: o sonho. A ideia da rede surgiu após Djeison ter ouvido de um garoto, em Caçador, que seu sonho era ter um videogame. "Na hora eu tive um estalo: eu tinha aquele videogame e pensei em quantas pessoas poderiam ajudar a realizar sonhos umas das outras, mas não tinham contato", lembra.

Em seguida, os irmãos criaram o conceito da rede e decidiram vir a Curitiba para encontrar um ambiente propício para o plano se concretizar – não sem antes divulgar a rede em universidades do Sul e receber um bom feedback dos usuários. "Depois que eu e meu irmão formatamos o conceito, resolvemos ir para uma capital, para fazer acontecer. Escolhemos Curitiba porque gostamos da cidade e porque o curitibano é exigente", conta Djeison.

O funcionamento da rede social é simples. O usuário preenche um perfil detalhando três sonhos e os demais usuários podem classificá-los para aumentar a popularidade e torná-lo mais visto. Toda essa exposição na verdade tem apenas um objetivo: fazer com que ele seja realizado. "Acreditamos que as pessoas, após ter um sonho realizado, ficam mais altruístas e resolvem ajudar os demais", ressalta.

O modelo de negócios inclui a participação de empresas que estarão na rede social para também realizar sonhos. O contrato mínimo entre a companhia e o Dreabe é de oito meses, com 25% do valor do investimento revertido em crédito para que a empresa realize sonhos dentro da rede. A empresa contratante decide quais sonhos serão realizados. O valor inicial não foi divulgado. Para a realização dos sonhos, tanto os usuários quanto as empresas entram em contato uns com os outros para colocá-los em prática.

Entre as vantagens oferecidas às empresas, previstas no plano de negócios do Dreabe, está um relatório de tendências, mostrando os interesses relacionados aos parceiros; uma página especial na plataforma, para expor os sonhos da empresa e o que ela realizou dentro da rede; além da utilização da plataforma para geração de receita.

Além dos 15 mil usuários até junho, o Dreabe contabiliza 11 mil sonhos compartilhados, 29 mil visitas, 171 mil visualizações de páginas e mais de 300 mil interações na rede. Entre março e agosto, neste período de testes e ajustes, o Dreabe realizou cerca de cem sonhos, entre ingressos para shows do Chico Buarque e indicações de vaga de emprego.

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