A União aceitou ceder uma parte do que recebe atualmente para que se alcance um acordo sobre a divisão dos royalties do petróleo, informou o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, nesta terça-feira, após encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

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"A União entrará com algum recurso para financiar a transição", afirmou Campos, citando posição de Mantega colocada durante a reunião.

Mas, segundo ele, o tamanho da contribuição da União, disse Mantega, estaria longe do que se tem falado ou publicado nos últimos dias.

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Campos, no entanto, acredita que as negociações podem caminhar para um consenso.

"Nunca estivemos tão próximos de um grande acordo".

Mais cedo, antes de chegar ao encontro na Fazenda, o governador de Pernambuco afirmou que os Estados não produtores de petróleo também precisavam ceder e demandar menos recursos para que se chegasse a um acordo.

"Não tem acordo se as três partes não cederem", disse, referindo-se à União, aos Estados produtores e aos não produtores.

"Cada um tem que ajudar. Como é que os não produtores ajudam? Diminuindo um pouco o pedido. E os produtores? Cedendo um pouco. E a União, cedendo um pouco também", disse Campos.

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O governador tem sido uma espécie de representante dos entes da federação que não produzem petróleo, mas que demandam uma parcela dos ganhos com a exploração crescente da commodity no Brasil.

Segundo ele, a grande questão no que diz respeito aos royalties é encontrar uma regra de transição, para distribuir melhor os recursos, enquanto não entrarem em produção os campos do pré-sal, para o qual o governo já tem uma proposta de divisão mais equitativa.

O governo federal não quer onerar as empresas para garantir mais dinheiro aos Estados não produtores nesse período de transição e vem apostando em uma redivisão dos royalties dos contratos atuais entre os entes da federação, em linha com o que defendeu Campos antes da conversa com Mantega.

Campos disse que não falava formalmente em nome dos Estados não produtores, mas afirmou que outros governadores concordam com ele.

O governador de Pernambuco preferiu não falar em porcentuais para uma nova divisão e disse que, antes disso, é preciso chegar a um "acordo de procedimento".

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