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Política econômica

União Africana defende diretor não europeu no FMI

A União Africana disse em comunicado que o próximo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) deveria ser alguém de fora da Europa e de preferência africano. "Selecionar alguém que não é europeu e que seja do mundo em desenvolvimento seria um grande passo no sentido de dar mais voz e representação a esses países no FMI", avaliou.

"A defesa de um diretor-gerente africano para o FMI parte do fato de a África estar emergindo como um novo polo de crescimento mundial com grande potencial. Os países em desenvolvimento, incluindo os da África, possuem diversos candidatos altamente qualificados e confiáveis para posição e cuja indicação daria credibilidade e legitimidade ao FMI."

Na sexta-feira termina o prazo para a entrega das indicações para o sucessor de Dominique Strauss-Kahn. Ele ocupava o cargo de diretor-gerente do FMI, mas renunciou no mês passado depois de ter sido preso em Nova York sob acusação de agressão sexual.

A ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, é considerada a candidata com mais chances de ocupar o posto e está viajando para angariar votos de países como China e Índia. Os países emergentes são grandes críticos do fato de o FMI ser controlado por europeus desde a sua criação, em 1944.

No mês passado, diretores do Brasil, da Rússia, da Índia, da China e da África do Sul no FMI disseram que a presença exclusivamente europeia no comando do fundo "mina a legitimidade" do FMI. As informações são da Dow Jones.

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