A apenas 20 dias da eleição, o governo fez ontem mais um gesto para tentar se reaproximar do setor industrial. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que a redução da alíquota do Imposto de Renda no exterior, de 34% para 25%, passará a valer para toda a indústria até então, apenas construção, serviços e alimentos e bebidas tinham esse benefício. Também informou que a alíquota do programa Reintegra, que concede um crédito sobre o faturamento das exportações, será de 3% em 2015.
As medidas foram anunciadas após uma longa reunião de Mantega com grandes empresários, em São Paulo. No caso da redução do IR para empresas que têm operação no exterior, o ministro disse que, após um estudo do governo, foi concluído que era possível ampliá-la para todas as companhias manufatureiras. "É uma forma de equilibrar as condições das empresas brasileiras com as estrangeiras", afirmou.
Quando a redução foi anunciada, em maio, para apenas alguns setores, o governo provocou a ira do empresariado. À época, o presidente da Natura e do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Pedro Passos, reclamou de forma veemente do alcance da medida. "É dramático que a lei tenha um benefício para apenas três setores, embora muito importantes", disse. "É um absurdo, pois precisamos de políticas mais transversais."
Na reunião de ontem, Mantega voltou a ouvir muitas cobranças e disse ter sido questionado sobre o aumento nos juros. Mas argumentou com os empresários que a atual administração "pratica os juros mais baixos da época recente", embora eles tenham subido recentemente para combater a inflação.
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