Mais de um ano após colocar à venda no mercado 239 imóveis, em uma tentativa de enxugar custos com manutenção, a União conseguiu vender apenas 15 unidades, segundo estimativa da Secretaria de Patrimônio da União (SPU). O secretário da SPU, Sidrack Correia, afirmou que foram identificados alguns problemas sérios de pendências financeiras de ex-proprietários, que prejudicam as vendas e terão que ser resolvidas. O governo trabalha em uma readequação de preços, para alinhá-los à atual situação do mercado imobiliário, e pretende colocar novos lotes de imóveis no mercado até abril.
Segundo Correia, a secretaria está fechando o balanço das vendas feitas e dos gargalos existentes. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, destacou em seu discurso de abertura do 19º Encontro Nacional de Gestão do Patrimônio da União que melhorar a eficiência na venda desses imóveis e desenvolver mecanismos para agilizar a regularização fundiária no país estão entre as prioridades do órgão neste ano.
“Foram feitos diversos leilões, no entanto a performance não tem sido satisfatória em virtude do mercado imobiliário estar pouco comprador. O mercado está mais vendedor do que comprador. Alguns leilões foram frustrados, não tiveram demanda, e nós estamos revisando preços, para tentar adequá-los aos valores atuais de mercado” disse o ministro.
A maior parte dos imóveis postos à venda eram em Brasília (61) e Minas Gerais (58). A lista incluía um duplex na Barra da Tijuca e as residências oficiais do Ministério da Fazenda e da Casa Civil. Com as vendas, o governo pretendia economizar R$ 1,5 bilhão em manutenção.
O ministro ainda destacou a importância da aprovação da medida provisória que facilita a regularização fundiária, mas disse que está entre as prioridades da SPU desenvolver instrumentos jurídicos e técnicos para efetivar essas regulamentações.
“Temos que desenvolver instrumentos para promover uma efetiva regularização fundiária. A partir disso, é possível desenvolver uma maior atividade econômica, o morador investe em sua propriedade. Temos que nos concentrar fortemente nesse processo.”
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