Araújo, dono de uma loja de uniformes: reajuste virá em janeiro| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Economize

Saiba o que fazer para gastar menos na hora de renovar o material e as roupas escolares do filho:

• Descubra se na escola do seu filho não há feira de troca de material didático, o que ajuda a economizar com a compra de livros, por exemplo.

• Analise se é preciso comprar todos os itens da lista ou se é possível reaproveitar parte do material do ano passado.

• Pesquise os preços dos produtos em diversos pontos de venda, como papelarias, lojas virtuais e lojas de departamento.

• Antecipe as compras. Quando aumenta a procura por itens de papelaria, a tendência é que os preços subam também.

• Evite levar as crianças no dia da compra. Elas vão preferir itens com personagens animados que, em geral, são mais caros.

• Procure outros pais para fazer a compra coletivamente para barganhar descontos em aquisições de maior volume.

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A cesta de produtos escolares da virada deste ano vai ter um aumento maior que o verificado entre 2011 e 2012: o uniforme, que no ano passado não teve reajuste, deve subir acima da inflação e encarecer as compras de produtos básicos para alunos em idade escolar. A antecipação vai ser o caminho dos pais que querem economizar. O material escolar também sai mais barato até dezembro, pois tradicionalmente sobe entre janeiro e março.

O Índice Nacional de Pre­ços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que no acumulado dos últimos doze meses os artigos de papelaria ficaram 4,03% mais caros, bem como o preço do caderno, que ficou 4,38% mais caro no período – a inflação de Curitiba, no mesmo intervalo, acumulou 4,62%.

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Entretanto, o período de alta de itens como lápis e caneta se concentra entre os meses de janeiro e março, o que significa que os preços, que vêm subindo abaixo da inflação, devem aumentar ainda mais. "Historicamente, analisando os dados do IPCA dos últimos 24 meses, os artigos de papelaria sofrem o efeito da sazonalidade e têm aumentos maiores nos três primeiros meses do ano", explica Cid Cordeiro, coordenador do Dieese-PR.

Ele calcula ainda o peso anual que o material escolar tem no orçamento de uma família com renda entre R$ 6 mil e R$ 10 mil. Pelo cálculo, pais que pagam R$ 700 em uma mensalidade escolar devem gastar o equivalente a cerca de 8% disso em material. "É uma nova mensalidade por filho que a família gasta no final ou início do ano", ressalta Cordeiro.

Papelarias

Na Livrarias Curitiba, o aumento médio dos preços vai ficar entre 3,5% e 4%, segundo Marcos Pedri, diretor comercial do grupo. Ele ressalta, porém, que os pais que anteciparem as compras saem ganhando. "À medida que o estoque vai sendo reposto, os produtos podem sofrer pequenas oscilações. Por essa razão, sai mais barato para os pais que anteciparem a compra dos materiais", salienta Pedri.

Em papelarias menores, porém, os preços podem ficar o mesmo entre hoje e o início do ano letivo – com a diferença de que os valores já foram reajustados. "Os reajustes dos produtos começam entre setembro e outubro, e neste ano ficaram em torno de 5%. Eu mantenho os mesmos preços porque compro mais barato agora e faço estoque esperando os pais, com preços mais competitivos", pondera Marilete Caetano da Silva, dona de uma papelaria no bairro São Braz.

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Há várias maneiras para os pais economizarem com a compra do material escolar. Uma delas, é buscar feiras realizadas nas próprias escolas, para buscar descontos. No Colégio Positivo, por exemplo, a cada trimestre representantes de editoras de livros de literatura pedidos na escola vão ao colégio para vender o material, que pode ter até 30% de desconto.

AumentoTecido é que puxará alta das roupas

Entre 2011 e 2012, a vestimenta dos alunos praticamente não sofreu correções, segundo lojistas. O item uniforme escolar acumula alta de 0,24% nos últimos doze meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Na virada deste ano, porém, o item deve ser reajustado acima da inflação do tecido, que no último ano teve alta de 5,19%.

Uma das razões para não haver alta no ano passado, de acordo com empresários do setor, é que o preço da matéria-prima se manteve. "Ano passado não repassamos porque o preço de algumas matérias-primas se mantiveram. Já este ano houve aumento do tecido e dos salários de funcionários e o reajuste virá em janeiro", avalia Marco Aurélio de Araújo, proprietário de uma loja de uniforme escolar do bairro Bacacheri, em Curitiba, que deve reajustar o uniforme entre 6% e 7%.

A dica é comprar antes. "Hoje temos à pronta entrega, o pai consegue pegar o preço de hoje e não vai enfrentar fila. Quem se antecipar vai ganhar desconto", ressalta Araújo.

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