A Unilever prevê que 2012 será um ano difícil, à medida que os mercados emergentes -que respondem por mais da metade dos negócios do grupo- crescerão menos e a demanda na Europa e na América do Norte no melhor dos casos ficará estável.
A fabricante, que elevou os preços de marcas como Dove, Hellmann's e Knorr para compensar maiores custos com commodities, disse que o crescimento nos mercados emergentes teve menor ritmo por maiores custos com matérias-primas e menor confiança do consumidor.
O diretor financeiro Jean-Marc Huet disse que a expansão em mercados emergentes como África, Ásia e América Latina continuou forte, mas que a companhia precisa melhorar na Rússia e na Europa Oriental.
O terceiro maior grupo de bens de consumo no mundo viu as vendas em 2011 subirem 6,5 por cento, em linha com a previsão de 6,4 por cento, com crescimento de 6,6 por cento no quarto trimestre, ante 4 por cento na Procter & Gamble.
O crescimento de 6,6 por cento no quarto trimestre ficou abaixo da previsão de 6,8 por cento, mas o preço responde por 6,5 por cento e o volume, somente por 0,1 por cento.
Os mercados emergentes, que respondem por 54 por cento dos negócios do grupo, cresceram 11,5 por cento em 2011. Em termos de produtos, linhas de cuidados pessoais como Lux e Sunsilk foram os que mais cresceram, a 10 por cento. Alimentos tiveram expansão de 3 por cento.
"Acreditamos que o cenário macroeconômico continuará difífil em 2012 e os ventos contrários nos custos persistirão, embora menos do que em 2011", disse o presidente-executivo, Paul Polman.
Analistas preveem que o crescimento das vendas cairá para 5,1 por cento, mas a Unilever ainda acredita na expansão de seus mercados, com margens e fluxos de caixa maiores.