Curitiba A Unimed Curitiba, maior operadora de planos de saúde do Sul do país, planeja chegar em 2006 aos 390 mil associados e contabilizar um faturamento de R$ 640 milhões, com crescimento anual de 5,4% e 8%, respectivamente. "Indiscutivelmente, são metas ousadas. Mesmo para quem tem 68% do mercado de Curitiba e região", diz o vice-presidente Rached Traya. "Mas uma empresa desse porte não pode se acomodar."
Para 2005, a perspectiva é de que a receita cresça 10% e atinja aproximadamente R$ 590 milhões, apesar da previsão de um aumento bem mais modesto no número de clientes que deve passar dos 365 mil do fim de 2004 para 370 mil. Esse desempenho é resultado de um processo de enxugamento de custos que incluiu uma redução de 10% nos gastos administrativos e a renegociação de contratos com clientes empresariais que provocavam déficit nas contas da operadora.
Nesse processo, iniciado em 2004, o número de associados recuou 3%, mas a empresa saiu fortalecida. "A Unimed Curitiba se consolidou, ficou mais eficiente. Por isso, a partir de agora poderemos adotar táticas mais agressivas para conquistar novos clientes, inclusive avançando sobre a concorrência", diz Traya. Na prática, a empresa deu um passo atrás para poder avançar dois.
As próximas etapas do percurso já estão bem definidas. O planejamento estratégico da Unimed Curitiba, que nos últimos três anos relacionava metas somente para o ano seguinte, agora contempla todos os objetivos até 2010. A idéia é aumentar as receitas anualmente, de modo que daqui a cinco anos o faturamento atinja R$ 840 milhões mais de 40% acima do previsto para 2005. A expectativa é de que até lá o número de clientes chegue a 540 mil.
A definição de metas de longo prazo também busca tranqüilizar os associados embora a presidência da empresa mude a cada quatro anos, eles saberão que os objetivos serão mantidos independentemente de quem estiver no comando. Para cumpri-los, a Unimed Curitiba realiza, a partir de outubro, uma série de workshops para transmitir seus planos a todos os seus 3,7 mil médicos cooperados de Curitiba e região metropolitana. Segundo o vice-presidente, a palavra-chave desse processo será "participação" todos os médicos serão convidados a dar sua opinião e a trabalhar como verdadeiros sócios da empresa, inclusive na divulgação junto aos pacientes.
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