As Unimeds de Curitiba e Londrina se comprometeram, ontem, a fazer uma proposta de reajuste aos cirur­giões cardiovasculares e buscar um acordo que evite a desfiliação em massa prometida pelos médicos, informou a Cooperativa dos Cirur­giões Cardiovasculares do Paraná (Coopcardio-PR). Se­­gundo a entidade, a oferta deve ser feita até a tarde de hoje – a Coopcardio marcou uma reunião de avaliação para as 19 horas.

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"A questão dos valores é importante, mas queremos que a proposta tenha uma abrangência estadual, para que os colegas que atendem em outras localidades não sejam prejudicados", diz Marcelo Freitas, presidente da Coopcardio-PR. Os médicos e as Unimeds divergem sobre o modo de negociação – os cirurgiões querem fechar um acordo único para todo o Paraná, mas as Uni­meds estariam preferindo que cada cooperativa converse separadamente com a Coopcardio.

Descredenciamento

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Segundo Freitas, a condição de desligamento está mantida até que a nova proposta da empresa seja analisada e discutida. Para o cirurgião, na reunião de ontem os representantes da Unimed mostraram interesse em negociar e chegar a um acordo. "Se os termos apresentados na proposta se aproximarem do que estamos pedindo, poderemos apresentar uma contraproposta e continuar as negociações sem que haja desligamentos", afirma. Os cirur­giões reclamam que a operadora oferece cerca de R$ 1,5 mil por operação para uma equipe de quatro a cinco profissionais, enquanto o Siste­ma Único de Saúde (SUS) pa­­ga R$ 2,8 mil por intervenção de ponte de safena para todos os cirurgiões envolvidos.

A Coopcardio diz que, na noite de hoje, além de analisar a proposta da empresa, os cirurgiões também vão discutir as medidas a serem tomadas caso optem pelo desligamento da operadora. Segun­do o presidente da cooperativa, 25 médicos já solicitaram a carta de desligamento da Unimed. Mesmo se confirmado o descredenciamento, os médicos garantem que os usuários da empresa não ficarão desassistidos.

Por meio da assessoria de imprensa, a Unimed Curitiba afirmou que está negociando com os cirurgiões cardiovasculares, mas não soube informar detalhes da proposta que deverá ser apresentada aos médicos.