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Aviação

United Airlines compra 5% da Azul por US$ 100 milhões

Parceria de longo prazo firmada entre as companhias prevê codeshare em rotas entre Brasil e EUA. | Paulo Whitaker/Reuters
Parceria de longo prazo firmada entre as companhias prevê codeshare em rotas entre Brasil e EUA. (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras anunciou com a United Airlines uma parceria estratégica de longo prazo, por meio da qual a companhia norte-americana adquire 5% da aérea brasileira, com um investimento de US$ 100 milhões. O montante inclui um acordo de compartilhamento de voos (codeshare) em rotas entre o Brasil e os Estados Unidos, além de outros destinos das companhias.

“Não é somente investimento na companhia, mas uma parceria bem forte, em que se vai trocar clientes e culturas”, disse o fundador da Azul, David Neeleman. “O Brasil é um mercado importante em nossa malha de voos internacionais e esta parceria reforça nossa presença no país”, comentou o vice-chairman e Chief Revenue Officer da United, Jim Compton. Com a entrada no capital da Azul, a United passará a contar com um assento no conselho de administração da brasileira.

O acordo ainda precisa da aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas o presidente da Azul, Antonoaldo Neves, disse que a integração dos sistemas já está em andamento e espera que o compartilhamento da malha esteja em operação em 30 a 45 dias.

Questionado sobre o destino dos recursos que ingressaram na Azul, Neeleman disse que “vão para o banco”. Segundo ele, a transação não se tratou de uma questão de busca de recursos, mas de estabelecimento de uma parceria de longo prazo. “Todo mundo gosta de dinheiro, mas não foi por isso, porque um dia vamos abrir capital, quando as coisas melhorarem por aqui”, disse o fundador, que seguirá como controlador da Azul, com 67% de participação.

O diretor financeiro da Azul, John Rodgerson, salientou, porém, que os US$ 100 milhões “sempre ajudam, em especial em um momento como este”, disse, em referência à crise financeira e ao momento próximo à estagnação que o setor aéreo vive. A negociação, segundo os executivos, durou vários meses e começou antes do acirramento da crise, comentaram. Juntas, as duas empresas poderão oferecer mais de 450 destinos e 6 mil voos diários.

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