• Carregando...

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, viajará para Montevidéu para participar nesta terça-feira (20) da cúpula semestral do Mercosul, bloco para o qual a Venezuela está em processo de adesão desde 2006, anunciaram nesta segunda-feira (19) as autoridades do país anfitrião.

"Recebemos a informação que o presidente Chávez participaria da cúpula do Mercosul", disse em entrevista coletiva o chanceler uruguaio, Luis Almagro.

Fontes da Presidência uruguaia informaram horas antes que estavam realizando o processo de credenciamento da imprensa oficial que acompanha habitualmente o líder venezuelano, que não costuma anunciar suas viagens oficiais até o último momento.

O Governo venezuelano por enquanto não confirmou a viagem. Desde que foi diagnosticado com um câncer em junho, Chávez só saiu da Venezuela para viajar para Cuba, onde fez parte de seu tratamento.

Adesão

Na cúpula de Montevidéu, os membros do bloco buscarão uma via política que permita completar a adesão da Venezuela, travada pela recusa do Parlamento do Paraguai.

A oposição paraguaia, que tem a maioria parlamentar, se nega a ratificar o protocolo com o argumento de que na Venezuela não há uma democracia plena. Os Parlamentos de Argentina, Brasil e Uruguai o ratificaram há anos, mas as atuais regras do Mercosul requerem unanimidade.

Almagro garantiu horas antes de anunciar a chegada de Chávez que "há uma fórmula sobre a mesa que está em discussão" e que pode ser definida amanhã entre os presidentes do bloco.

O Mercosul "segue funcionando com base em consensos" e "é preciso construir esses consensos", disse à imprensa depois de se reunir de maneira privada com seus colegas Héctor Timerman, da Argentina, Antonio Patriota, do Brasil, e Jorge Lara Castro, do Paraguai.

Da reunião participou como convidado o chanceler da Venezuela, Nicolás Maduro. O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados do Paraguai, Justo Cárdenas, opinou nesta segunda que propor uma mudança das regras do bloco para que Venezuela ingresse é "uma medida de pressão" ao Congresso paraguaio.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]