Considerando-se a produção acumulada nos 30 dias de setembro, Angra I e II geraram 1.452 gigawatts-hora (GWh) no mês| Foto: Creative Commons.

Em meio à falta de chuvas no Sudeste, que reduziu sensivelmente a atividade das hidrelétricas, o setor elétrico brasileiro bateu dois recordes de produção no mês passado. O país nunca gerou tanta energia nuclear e eólica quanto em setembro.

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De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no mês passado as usinas nucleares de Angra I e II, no Rio de Janeiro, produziram juntas 2.018 megawatts (MW) médios, a maior produção média mensal da história, conforme a série disponível no site do órgão, que começa em 2000.

O número – equivalente a 3,4% de toda a produção de energia do país no mês passado – excede a própria capacidade instalada das duas centrais, que é de 1.990 MW, segundo o ONS. Em outras palavras, elas trabalharam acima do que teoricamente é sua potência máxima.

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Considerando-se a produção acumulada nos 30 dias de setembro, Angra I e II geraram 1.452 gigawatts-hora (GWh) no mês. Esse número não é o mais alto da história porque em algumas ocasiões as duas usinas geraram mais que isso – mas sempre em meses com 31 dias. O recorde, nesse caso, pertence a outubro de 2012 (1.477 GWh).

A energia dos ventos também bateu recorde em setembro. Em fase de expansão, os parques eólicos brasileiros produziram 1.034 MW médios, ou 1,7% do volume gerado por todas as fontes de energia. Com isso, eles superaram o recorde de geração estabelecido no mês anterior (980 MW médios).

Térmicas

Com a falta de chuvas, o Brasil tem recorrido principalmente às usinas termelétricas para garantir o abastecimento de energia. Em agosto, elas haviam gerado 15.600 MW médios, um recorde.

No mês passado, no entanto, o número baixou a 14.161 MW médios, ou 23,5% da geração nacional de energia. A atividade das hidrelétricas, por sua vez, foi de 42.950 MW médios (71,4% do total nacional). Um número baixo, mas ainda assim o melhor dos últimos quatro meses.

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