Ministro garante abastecimento de gás às indústrias

Edison Lobão disse que não haverá desabastecimento de gás às indústrias por conta das térmicas. Ele salientou que o gás não é fornecido diretamente às indústrias, mas, sim, às distribuidoras.

"Um tipo de contrato é firme e inflexível, com obrigação de 90% de entrega do gás contratado. Outros são flexíveis, de 10% apenas, podendo ser trocado por óleo combustível", considerou.

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O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, disse em entrevista coletiva nesta quarta-feira (9), após reunião do do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que o governo colocará as usinas termelétricas em funcionamento sempre que for identificada a necessidade de seu uso. "O regime brasileiro é hidrotérmico, despachamos as térmicas que forem necessárias. Temos ainda diversas térmicas que poderemos despachar se houver necessidade futura, mas acho que não terá", afirmou durante entrevista coletiva.

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Segundo o presidente do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, é possível agregar, até o fim de abril, mais 3.000 MW de térmicas. Isso será feito, de acordo com ele, enquanto chuvas não chegarem de forma mais forte. "A previsão é de chuva na média região sul, sudeste e norte", citou. Já no Nordeste, de acordo com ele, a previsão é de chuva abaixo da media até o fim de abril.

Lobão acrescentou que, novos 8.500 megawatts devem ser incorporados ao sistema em 2013. "Jirau e Santo Antônio têm turbinas que começarão a funcionar este ano. Todo mês novas turbinas entram em operação", afirmou.

Atrasos

Durante a entrevista, Lobão admitiu também que há atrasos e investimentos previstos para o setor de energia no Brasil. "Os atrasos em investimentos infelizmente existem no setor elétrico" disse. Ele lembrou que as obras de usinas como a de Jirau e Santo Antonio e Belo Monte foram paralisadas "diversas vezes".

Lobão citou que as paralisações ocorreram por motivações de várias áreas, como dificuldades ambientais, judiciais e até de conflitos indígenas. Mas os atrasos, de acordo com o ministro, não comprometem a segurança energética do país. "Não negligenciamos o presente e nem o futuro. Temos a previsão de dobrar toda a geração da capacidade energética do país em 15 anos. O planejamento está em ordem", afirmou.

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"Nada de especial"

O ministro disse ainda que a reunião do CMSE não teve "nada de especial", de diferente em relação as anteriores. "A reunião foi marcada em 17 de dezembro, não foi convocada de emergência. É de rotina, de avaliação sobre todo o sistema", afirmou durante entrevista coletiva.

Lobão lembrou que, em 2008, logo após assumir o ministério, em janeiro, ele concedeu uma entrevista após uma reunião extraordinária, como ocorreu nesta quarta. "Se dizia, como agora que teríamos desabastecimento. Não houve, não haverá agora e espero que jamais haja", afirmou.

No encontro, de acordo com o ministro, ficou reiterada uma tranquilidade de que o País possui estoque de energia "firme, segura e em condições de atender a todas as nossas necessidades".