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Fotografia

Uso comercial populariza leitura de imagens

A tecnologia de leitura de fotos pode ser usada para qualquer tipo de imagem 2D | Walter Alves/ Gazeta do Povo
A tecnologia de leitura de fotos pode ser usada para qualquer tipo de imagem 2D (Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo)
Elder Crul e Adriano Cabral, sócios da Znapbox, desenvolvedora curitibana de aplicativos de reconhecimento por imagem |

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Elder Crul e Adriano Cabral, sócios da Znapbox, desenvolvedora curitibana de aplicativos de reconhecimento por imagem

A técnica de leitura de imagens por meio da câmera do smartphone ultrapassou a fase experimental e chegou às primeiras experiências para o usuário final. Além das buscas na internet, a tecnologia está se popularizando no e-commerce e na publicidade.

A prática permite, por exemplo, que o usuário fotografe uma imagem e seja redirecionado automaticamente para um link com mais informações sobre aquele produto ou objeto. "É algo que já existia, mas agora encontrou uma finalidade comercial", afirma Adriano Oliveira Cabral, criador da Znapbox, uma desenvolvedora curitibana de aplicativos de reconhecimento por imagem.

Mesmo com apenas quatro meses de atividade, a start­up já trabalha com uma imobiliária e negocia com duas redes de comércio virtual. "Um leitor encontra um anúncio de apartamento no jornal e, com uma foto, é direcionado a informações adicionais sobre aquele imóvel", explica. A tecnologia, no entanto, pode ser usada para qualquer tipo de imagem 2D.

"No caso de uma loja virtual, você pode tirar a foto de um produto e, automaticamente, ser direcionado aos sites que vendem aquele produto. É um dos melhores exemplos de integração do mundo online com o offline", destaca Cabral.

A técnica é mais simples do que parece. Ao invés de uma leitura com sensores, basta que o desenvolvedor cadastre imagens e relacione links a estas figuras. Por conta disso, a técnica ainda encontra barreiras para fazer a relação com objetos reais, em 3D.

A ferramenta é uma evolução do QR Code (Código de Resposta Rápida, em inglês), aquelas "manchas" veiculadas junto de anúncios publicitários que, uma vez fotografadas, levam o usuário a um outro link.

A aposta é que o reconhecimento das imagens faça deslanchar as campanhas idealizadas para estes códigos. "O QR Code não traz informação por si só, é como um código de barras. O consumidor tem que ser muito curioso para fotografar o código", afirma Raphael Corvalles, consultor especialista em aplicativos.

Quando a empresa suíça Kooaba lançou o Shortcut, aplicativo mais antigo e conhecido do mundo na tecnologia de reconhecimento de imagens, acreditava-se que os códigos estariam com os dias contados. No entanto, Corvalles não acredita que a popularização do reconhecimento de imagens vai decretar a inutilidade do código. "Formar os QR Codes ainda é muito fácil, é o mesmo esforço de encurtar um link. Reconhecer imagens reais ainda é mais complicado", avalia.

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