Os programas de código aberto já conquistaram uma boa fatia do mundo empresarial e da esfera de serviços públicos. O novo passo para Linux e companhia será avançar entre os usuários domésticos, onde o Windows ainda impera absoluto. Confira abaixo algumas opiniões do professor de Informática da Universidade Tecnológica do Paraná, Paulo Bordin, sobre o assunto:
Gazeta do Povo Qual é o principal desafio para o crescimento do Linux em ambientes domésticos?
Paulo Bordin A usabilidade. Apesar de já ter amadurecido bastante, o ambiente Linux não é tão intuitivo. Além disso, não é todo hardware que suporta o sistema. A HP, por exemplo, deve fornecer drivers de impressoras, scanners e outros periféricos para Linux.
O suporte técnico ainda é um problema?
Nem tanto. À medida que o Linux vai se tornando mais conhecido, mais pessoas e empresas oferecerão suporte.
O GPL, sistema de licenças que regula a troca de programas baseados em código aberto, está sendo alterado. Essas mudanças são mesmo necessárias?
Eu acredito que não, pois, na minha opinião, o sistema funciona bem. Mas existe ainda uma ala mais radical de defensores do software livre que acha que o GPL atual tem falhas jurídicas que permitem a alguém se apropriar de um determinado código aberto e "fechá-lo", para cobrar royalties.
A comunidade do software livre está mais profissional?
Com certeza. Com a adoção do Linux pelo ambiente empresarial e não apenas no governo faz com que a mera ideologia de lutar contra os royalties vá decaindo.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast