A tecnologia de acesso à rede de internet móvel 4G deve chegar ao fim do ano com cerca de 1 milhão de usuários, segundo previsão da consultoria de telecomunicações Teleco. A estimativa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com base em números da indústria, era chegar em dezembro com aproximadamente 4 milhões de usuários, o que é considerada uma previsão "irrealista", na avaliação do presidente da Teleco, Eduardo Tude.

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Até o fim de junho, a Anatel registrara 174,1 mil usuários de 4G em todo o país. Em abril, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que o número de acessos 4G no país poderia superar a previsão da Anatel, de 4 milhões até o fim do ano. Ele até apostou um jantar com o presidente da agência, João Rezende. "Se vender 4 milhões e um, eu ganho", brincou o ministro, à época.

Para Tude, só haverá um crescimento expressivo no número de usuários de 4G no país quando o preço dos aparelhos smartphones baixar. "É difícil ter um crescimento forte porque os smartphones ainda estão com um preço muito alto. Enquanto não chegarem modelos com preços mais acessíveis, o que deve acontecer a partir do ano que vem, não vai ter um crescimento desse porte", avaliou.

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Segundo ele, os preços dos smartphones devem cair com o crescimento do volume mundial de acessos à tecnologia 4G, e a escala de produção dos equipamentos. A tendência é aumentar a produção de smartphones com preços abaixo de R$ 1 mil. Também deve contribuir na queda dos preços a desoneração da cobrança do PIS/Pasep e da Cofins dos equipamentos, promovida pelo governo federal. "A desoneração ajuda, mas não resolve", diz Tude

O estado com maior número de linhas de 4G ativas é São Paulo, com 66,4 mil usuários – só no código de área 11 são 44,4 mil acessos. Em seguida está o código de área 21, que abrange a cidade do Rio de Janeiro, com 21,8 mil usuários de 4G. A região com menor adesão é o interior do Piauí, com DDD 89, onde há apenas 94 usuários de 4G até agora.