A movimentação das operadoras ocorre logo após um período de mobilização contra o WhatsApp, aplicativo de mensagens que também passou a permitir ligações de voz pela internet. Fontes ligadas ao setor afirmaram que as empresas iriam apresentar um estudo contra o funcionamento do app e até uma ação judicial – o que não ocorreu até agora.
Em agosto, o presidente da Telefônica Brasil, Amos Genish, subiu o tom contra o serviço, afirmando que o WhatsApp é uma “operadora pirata”. O presidente da América Móvil Brasil (controladora da Claro), José Felix, também veio a público criticar a falta de isonomia regulatória.
Por outro lado, pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) ao instituto MDA mostrou que a maioria dos usuários brasileiros de celulares é contra a regulamentação do aplicativo e uma consequente cobrança de impostos do serviço –de um universo de 92,9% que afirmaram possuir celular, 84,9% não são a favor de regras para o WhatsApp no país. Entre os que possuem smarpthones, 60,6% afirmaram utilizar o app.
O coro contra uma possível regulamentação foi reforçado pelo próprio presidente da Anatel, João Rezende. Em entrevista no fim do mês passado, ele afirmou que as operadoras precisam buscar novas receitas e apostar em tecnologias como a M2M (sigla para a conectividade entre máquinas). “Não podemos brecar a inovação”, resumiu.