Rebanho do Sítio Pelisson, primeira área a ser habilitada pela UE no Paraná.| Foto: Octávio Rossi

Auditores vão vistoriar mais 15 fazendas no PR

Os 30 auditores do Paraná treinados para verificar se as fazendas estão aptas a exportar carne bovina para a União Européia vão percorrer mais 15 propriedades nas próximas duas semanas. Até ontem, de cerca de 30 áreas auditadas, 14 estavam incluídas na lista de fazendas habilitadas da UE. As demais ainda não foram descartadas – ainda não tiveram a auditoria avaliada pelo bloco europeu ou terão de passar por ajustes. A carne das áreas habilitadas vale entre 10% e 20% mais nos frigoríficos exportadores, segundo os próprios pecuaristas. A pecuária do Paraná perdeu exportação durante os três anos da crise deflagrada pela aftosa em outubro de 2005. O abate destinado à União Européia foi retomado três semanas atrás. O problema não foi só a aftosa. No início deste ano, a UE suspendeu a importação de carne brasileira, apontando problemas na rastreabilidade. Desde então, as fazendas vêm sendo auditadas uma por uma e vem sendo formada uma lista das áreas e frigoríficos habilitados a exportar para o bloco. (JR)

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A segunda etapa do ano da campanha de vacinação contra a aftosa – que será lançada amanh㠖 vai mostrar qual o ânimo da pecuária paranaense com a exportação de carne para a União Européia (UE). Os criadores de bovinos e bubalinos terão de declarar a quantidade de animais vivos em suas propriedades e quantos foram vacinados. "O rebanho voltou a crescer nos últimos meses com a reabertura do mercado europeu", afirma o diretor do Departamento de Fiscalização Agropecuária (Defis) do estado, Silmar Bürer. Em maio, quando a vacinação teria atingido 98,64% do rebanho, foram declarados 9.480.427 em 211.977 propriedades.

O lançamento oficial será em Santo Antônio da Platina (Norte Pioneiro). O secretário estadual da Agricultura, Valter Bianchini, vai acompanhar a aplicação de vacina na Fazenda Jacutinga. A região concentra 6,9% do rebanho bovino do estado. A campanha vai até dia 20. Os criadores terão de procurar os órgãos sanitários para comprovar a vacinação até 30 de novembro. A multa por animal não vacinado está em R$ 81,44.

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O motor do programa não é a multa, mas o risco de perdas, afirma o diretor do Defis. "O produtor de carne bovina, seja pequeno, médio ou grande, sabe da importância da campanha. Não é pelo medo de ser multado, mas pelo prejuízo de uma não-vacinação." Nas regiões de fronteira, os agentes do estado e das prefeituras deverão acompanhar a vacinação em áreas que cercam zonas urbanas. A intenção é garantir que animais isolados sejam imunizados.

Em regiões de pequenas propriedades, como o Oeste, que detém 7% do rebanho bovino do estado, uma rede de vacinadores é encarregada da tarefa. Integrantes das próprias comunidades receberam cursos e devem fazer mais de 90% da vacinação. São cerca de 600 vacinadores. Eles terão a missão de passar nas propriedades e vacinar cerca de 50 animais por dia até 20 de novembro.

A meta do governo do estado é vacinar 100% do rebanho. Os índices atingidos nas últimas campanhas – acima de 95% – são considerados seguros pelos órgãos de saúde animal. Os 100% dificilmente são atingidos porque os animais que irão para os abatedouros em 30 dias não precisam receber a vacina. As vacinas estão custando em média R$ 1,30 no Paraná, de acordo com levantamento da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab). O preço é cerca de 10% superior ao da última campanha realizada em maio.