Mesmo com o fraco crescimento do emprego e do desempenho modesto da economia, o mercado de trabalho intensificou o processo de formalização dos postos de trabalho e, pela primeira vez na história, os trabalhadores com carteira assinada superaram a metade do contingente total de ocupados nas seis maiores regiões metropolitanas do país em 2013.
Segundo o IBGE, esse grupo somou 11,6 milhões de trabalhadores, o que correspondeu a 50,3% do total. Em 2012, o percentual de ocupados com vínculo formal era menor: 49,2%. Em 2011, havia sido de 48,5%.
Desde de 2003, há praticamente um avanço contínuo na formalização do mercado de trabalho das grandes metrópoles, impulsionado pelo crescimento econômico, por uma maior fiscalização dos órgãos oficiais e pela restrição na oferta de mão de obra para várias categorias.
Em 2003, apenas 39,7% dos trabalhadores eram formais. Ou seja, em uma década, houve uma expansão de mais de 10 pontos percentuais.
Regiões com maior presença da indústria (setor mais formal da economia), São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte tiveram os maiores patamares de trabalhadores com carteira assinada e as únicas com índices superiores à metade dos ocupados nessas áreas 54,5%, 51,3% e 50,7%, respectivamente.
Apesar de ser o segundo maior mercado de trabalho metropolitano do país, atrás apenas de São Paulo, o Rio de Janeiro registrou o menor nível de formalização 44,7%. Na região, há uma tradição do trabalho informal e sazonal, ligado ao verão, ao Carnaval e ao turismo, além de um grande contingente de trabalhadores por conta própria em alimentação, venda de bebidas e outros produtos.
Com menor renda e presença mais tímida da indústria, Salvador e Recife também tiveram um patamar de ocupação formal abaixo dos 50%, com índices de 46,7% e 46,6%, respectivamente.
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