Apesar dos programas de governo para inserção de jovens no mercado de trabalho, a oferta de empregos para essa faixa da população foi a que apresentou resultados mais modestos na geração de vagas formais em 2009.
Enquanto o número de empregos formais cresceu 4,5% em 2009, o aumento de vagas para jovens de 18 a 24 anos só aumentou 2,6%. A situação foi ainda pior para aqueles entre 16 e 17 anos: 1,5% de crescimento.
Dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho sobre a fotografia do emprego formal no Brasil a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) revelam que as vagas para pessoas acima de 65 anos cresceram muito acima da média: 7,6%.
Preconceito
"É preciso admitir que é difícil aumentar a oferta de empregos para jovens porque ainda há muito preconceito com a falta de experiência. O mercado é ruim, mesmo com programas como o Projovem, que busca inserir 400 mil jovens", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Para o governo, o fraco desempenho do emprego para jovens também pode sinalizar que essas pessoas estão optando por permanecer mais tempo na escola.
A Rais é divulgada anualmente pelo governo e traz um retrato mais fiel do mercado de trabalho formal, pois inclui servidores públicos, trabalhadores temporários e avulsos e ainda informações residuais das empresas. Mensalmente, o Ministério do Trabalho divulga o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, que mostrou que em 2009 haviam sido gerados 995 mil empregos formais. A Rais ampliou o número para 1,766 milhão.
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