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Vale determinará em reunião se continua com projeto de potássio na Argentina

O Conselho Administrativo da mineira Vale se reunirá na segunda-feira (11) para determinar se continua com o projeto para a extração de potássio na mina Rio Colorado, na província argentina de Mendoza (oeste) e que foi suspenso "indefinidamente" em dezembro, informou neste domingo (10) a imprensa digital.

O projeto, segundo revelou o site do jornal "Folha de S. Paulo", deverá ser abortado pela empresa brasileira para "cortar custos" e reduzir a pasta de ativos, uma situação que de acordo com o jornal criou mal-estar dentro do Governo, que apoia a iniciativa de exploração mineral.

O Governo, segundo a "Folha", pressionou para que a Vale suspendesse o projeto e não o cancelasse definitivamente como tinha previsto, devido aos fatores como a desvalorização do preço internacional dos metais e as exigências trabalhistas e fiscais das autoridades argentinas.

Na reunião de amanhã, a Vale deverá também propor sua retirada da exploração de 18 blocos petrolíferos, de sua participação na fabricante de alumínio norueguesa Norsk Hydro e a venda de sua frota de 19 navios Valemax.

Com essa redução, a empresa gerará US$ 4 bilhões a mais em caixa e seguir a linha de 2012, quando por ações parecidas captou US$ 1,4 bilhão.

O projeto foi apresentado com orçamento inicial de US$ 4 bilhões e atualmente subiu para US$ 5,9 bilhões, mas fontes da empresa que pediram anonimato apontaram que os valores foram elevados até US$ 11 bilhões.

A Vale, líder mundial na produção de ferro e que em 2012 não obteve seus melhores resultados, já desembolsou US$ 1,8 bilhão para o projeto de Rio Colorado, mina situada cerca de 1.100 quilômetros ao oeste de Buenos Aires e que devia entrar em funcionamento na segunda metade de 2014.

O Rio Colorado foi definido como "estratégico" pela presidente argentina, Cristina Kirchner, durante sua apresentação oficial, em julho.

A companhia estima que as reservas de potássio da mina cheguem a 430 milhões de toneladas e a capacidade de produção poderia ser de até os 4,35 milhões de toneladas, o que situaria a Argentina como o quinto produtor mundial.

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