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A Vale comunicou ao mercado nesta terça-feira (6) que vai decidir entre a renovação de contrato do atual presidente, Eduardo Bartolomeo, ou a realização de um processo sucessório, com nomes de outros candidatos para o comando da empresa.
O mandato de Bartolomeo termina em 26 de maio e, pelo estatuto da companhia, as tratativas devem começar com três meses de antecedência. A companhia esclareceu que a escolha definitiva pode ocorrer até o fim do mandato.
As recomendações de três candidatos devem ser enviadas por consultoria de headhunters e devem incluir o nome do atual presidente. A lista será apreciada pelo conselho de administração ainda nesta semana.
"Em qualquer cenário, a definição do presidente da companhia deverá considerar as qualificações estabelecidas em política de indicação de administradores, bem como os atributos e o perfil necessários para a posição frente a estratégia e desafios futuros da Vale", disse a companhia em comunicado.
Planalto tentou interferir no processo de escolha
A sucessão de Bartolomeo se transformou numa novela por conta das pressões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tenta, desde o ano passado, emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no cargo. Na semana passada, rumores deram conta da desistência do Planalto, após sinalização de que o conselho de administração não aprovaria o nome do ex-ministro.
No comunicado, a Vale reitera que é do conselho a competência exclusiva para decidir sobre a escolha do presidente. Fontes ligadas ao Executivo afirmam que Lula ainda tenta uma vaga para o ex-ministro no conselho de administração da mineradora.