Instituições revisam para baixo estimativas para a economia

No cenário doméstico, as instituições financeiras e economistas consultados pelo Banco Central revisaram para pior suas estimativas para a economia brasileira.

A previsão é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a taxa de inflação oficial no país, seja de 7,15% em 2015, levando-se em consideração o centro das apostas (mediana). Há uma semana, esperava-se inflação de 7%.

A previsão é que o real continue a se desvalorizar em relação ao dólar e a taxa de câmbio chegue a R$ 2,80 até o final do ano. Os economistas esperam que o processo continue também até o final de 2016, quando a taxa chegará a R$ 2,90. As estimativas são as mesmas da última pesquisa.

A expectativa do centro das apostas é de que o PIB (Produto Interno Bruto) tenha variação de 0% - há uma semana, esperava-se crescimento de 0,03%. A recuperação deve começar a chegar apenas em 2016, para quando se espera crescimento de 1,5%, a mesma taxa divulgada anteriormente.

No exterior, os investidores permanecem atentos à crise na Grécia. O novo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, descartou a extensão do resgate internacional de US$ 240 bilhões e prometeu reverter algumas das reformas impostas à Grécia pelos credores internacionais, expondo suas finanças e seu lugar entre os países que compartilham o euro.

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A forte valorização de ações de siderúrgicas e da Vale sustentou a alta da Bolsa brasileira nesta segunda-feira (9), em dia marcado por vencimento de opções e também pelo avanço dos papéis da Petrobras.

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O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou com alta de 1,21%, para 49.382 pontos. Dos 68 papéis negociados, 41 subiram, 23 caíram e quatro encerraram o dia estáveis. O volume financeiro negociado no pregão foi de R$ 7,6 bilhões, giro elevado pelo vencimento de opções.

O índice foi ajudado pela valorização de ações de siderúrgicas e da Vale, que lideraram as altas do Ibovespa com a expectativa da adoção de estímulos econômicos na China após dados ruins de balança comercial no país.

O desempenho comercial da China caiu em janeiro, com a exportações 3,3% inferiores às registradas no mesmo período do ano anterior, enquanto as importações recuaram 19,9%, resultado muito pior do que esperavam os analistas.

Principalmente por conta da forte baixa nas importações, especialmente de carvão, petróleo e outras commodities, a China registrou um superávit comercial de US$ 60 bilhões em janeiro.

"A China teve uma desaceleração forte das exportações. Isso somado aos estímulos adotados até agora, que foram poucos, reforça a percepção de que o país possa adotar uma nova rodada de incentivos", afirma Fábio Lemos, analista de renda variável da São Paulo Investments.

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Os papéis preferenciais da Usiminas lideraram os ganhos do índice, ao avançarem 8,76%, para R$ 3,85. Já as ações da CSN subiram 8,73%, para R$ 4,98.

Os papéis preferenciais da mineradora Vale fecharam com alta de 4,49%, para R$ 18,61. As ações ordinárias tiveram alta de 5,73%, para R$ 21,59.

Petrobras

As ações da Petrobras, que começaram o dia em baixa, conseguiram ganhar fôlego ao longo do pregão e subiram. Os papéis preferenciais, os mais negociados, avançaram 1,75%, para R$ 9,28. Já as ações ordinárias, com direito a voto, fecharam com valorização de 1,88%, a R$ 9,20.

O vencimento de contratos de opções sobre ações na Bovespa nesta segunda-feira movimentou R$ 1,578 bilhões, de acordo com informações da BM&FBovespa, com as opções de venda respondendo pela maior parte do giro. Do total do exercício, as opções de venda movimentaram R$ 870,552 milhões, enquanto as opções de compra totalizaram R$ 707,415 milhões.

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As ações do Itaú tiveram o maior volume movimentado, com R$ 154,89 milhões em opções de venda.