A Vale vai enfrentar uma terceira ação coletiva nos Estados Unidos relacionada à tragédia de Brumadinho (MG). A nova ação foi protocolada na Corte Distrital Sul de Nova York e cita, além da companhia, os executivos Fabio Schvartsman (atual presidente da Vale), Murilo Ferreira (seu antecessor) e Luciano Siani Pires (diretor financeiro).
O processo foi movido por dois escritórios especializados neste tipo de processo: Pomerantz LLC e Bronstein, Gewirtz & Grossman. O Pomerantz coordenou ação coletiva contra a Petrobrás, depois dos casos de corrupção apurados pela Operação Lava Jato. A companhia firmou acordo para pagar US$ 2,95 bilhões em indenizações.
A nova ação contra a Vale trata da aquisição de títulos da companhia, os ADRs, de 11 de abril de 2017 e 28 de janeiro de 2019. O processo demanda ressarcimento de perdas relacionadas à companhia, sobretudo a partir da tragédia de Brumadinho, com a alegação de que não atendeu leis sobre a prestação de informações a investidores.
Procurados, os escritórios de advocacia do caso não se manifestaram. A Vale disse não ter sido citada e frisou que se defenderá no momento oportuno.
Ainda em janeiro, outros dois escritórios também entraram com ações contra da Vale por prejuízos sofridos pelos papéis da companhia em razão do rompimento da barragem em Brumadinho (MG). Na ocasião, os escritórios Bernstein Liebhard LLP e Rosen Law Firm entraram com ações coletivas em favor de todos os investidores que compraram ações da Vale entre 13 de abril de 2018 e 28 de janeiro deste ano.