O presidente da mineradora Vale, Roger Agnelli, afirmou ontem que o plano de investimento previsto pela empresa para 2011 é recorde e que vai levar a companhia ao limite de sua capacidade de crescimento. De acordo com Agnelli, o valor de US$ 24 bilhões (cerca de R$ 40,8 bilhões) apresentado pela empresa "é o maior plano de investimento da história da mineração".

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A cifra é a maior já investida pela companhia em um ano e representa um crescimento de 125% em relação aos US$ 10,66 bilhões gastos nos últimos 12 meses encerrados em setembro de 2010. A companhia dará ênfase ao crescimento orgânico no próximo ano, com 73% do orçamento destinado à execução de projetos e 8,3% a pesquisa e desenvolvimento. Entre as áreas de negócio da Vale, os minerais ferrosos continuarão recebendo a maior parte dos aportes (35,5% do total), mas o segmento de fertilizantes, cobre e carvão começa a ganhar mais espaço na alocação dos recursos, confirmando a busca pela companhia pela diversificação de seu portfólio.

A área de fertilizantes receberá US$ 2,5 bilhões no próximo ano, o que representa uma fatia de 10% no plano total, enquanto o segmento de metais base – onde está inserido o cobre – ficará com US$ 4,3 bilhões, ou 18% do total. A maior parte dos investimentos será realizada no Brasil: 63,8%. Cerca de US$ 1,9 bilhão será aplicado no Canadá, seguido por Argentina (US$ 1,4 bilhão), Guiné (US$ 1,13 bilhão) e Moçambique (US$ 1,12 bilhão). Na China, a Vale investirá US$ 663 milhões em 2011.

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A produção de minério, segundo a Vale, deve atingir 522 milhões de toneladas em 2015. A produção de carvão deve chegar a 42 milhões de toneladas no mesmo período, enquanto a de potássio e rocha fosfática chegarão a 3,4 e 12,7 milhões de toneladas, respectivamente. Já a produção de cobre e níquel crescerá para 691 mil toneladas e 381 mil toneladas em 2015, nessa ordem.

O plano de investimento da Vale para o próximo ano foi aprovado em reunião do conselho de administração realizada ontem. Na noite de quarta-feira, a mineradora divulgou lucro líquido de R$ 10,6 bilhões no terceiro trimestre, uma alta recorde de 253% em relação ao mesmo período de 2009.