A mineradora Vale vai quadruplicar o investimento na área de exploração de gás neste ano, passando para US$ 260 milhões os recursos aplicados na atividade. Em 2008, foram investidos US$ 60 milhões.
A informação foi dada nesta quinta-feira(25) pelo presidente da companhia, Roger Agnelli, durante solenidade de assinatura de memorando de entendimento com a Petrobras que estabelece as bases para uma parceria na exploração e na produção de petróleo e gás natural, em três blocos localizados no litoral norte do Espírito Santo.
"Em 2009, nós já estamos utilizando sondas para perfurar poços em áreas sob nossa concessão. Para o ano que vem, vai depender [o aumento dos recursos investidos na área] da conclusão de alguns estudos e dos resultados que teremos este ano. Mas tudo indica que [o investimento] deve continuar no mesmo patamar".
Segundo Agnelli, a decisão da Vale de entrar na área de gás natural e de petróleo tem como principal objetivo reduzir custos e diminuir riscos. Para a empresa, a atividade de exploração e produção do gás natural faz parte de uma estratégia para diversificar sua matriz energética.
Ele disse, ainda, que um dos planos é fazer com que as locomotivas usadas pela empresa para o transporte de minério sejam movidas a gás natural.
Agnelli afirmou que a Vale também tem interesse na descoberta dos campos de pré-sal. "Nós vamos querer está nisso também. Queremos estar de braços dados com a Petrobras em todo este processo."
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, destacou a vantagem da estatal associar-se a uma grande consumidor de gás como a Vale.
"A vantagem é, essencialmente, a de repartir os riscos exploratórios, que são muito grandes na indústria. Na medida em que nós temos um grande produtor, que está disposto a repartir conosco o risco exploratório, isso aumenta a eficiência da cadeia como um todo", disse.
Roger Agnelli lembrou que a Vale investe em 26 blocos exploratórios no país, dos quais 22 em parceria com a Petrobras. São 14 concessões offshore nas bacias de Santos (7), Espírito Santo (3) e Pará-Maranhão (4), além da Bacia do Parnaíba.
Pela parceria estabelecida hoje, a mineradora poderá deter 25% dos direitos de exploração da área.
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