O presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse nesta sexta-feira (18) que a empresa não está avaliando a possibilidade de aumentar a participação na Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) em que é sócia da Thyssenkrupp. A empresa alemã confirmou esta semana que pretende se desfazer da siderúrgica, que está sendo construída na Zona Oeste do Rio.

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"A Vale não é uma siderúrgica. Não estamos vendo nenhuma alternativa destas. Queremos ajudar, se for pedido, a encontrar um novo parceiro para o empreendimento", disse Ferreira. Ele afirma ter ficado surpreso com as informações de que haveria interesse de empresas chinesas no projeto. Segundo o executivo, a Vale não apoia nenhum grupo especificamente. "Não temos preferência por A, B ou C, mas pelo melhor planejamento estratégico".

Os projetos de carvão térmico na Colômbia, afirmou o presidente da Vale, estão sendo reavaliados, uma vez que a companhia definiu como foco o carvão metalúrgico. "Na Colômbia tínhamos um plano mais abrangente, mas estamos abertos a novas possibilidades". O diretor-executivo de ferrosos e estratégia da Vale, José Carlos Martins disse que a empresa vai anunciar em breve a entrada dos navios Valemax em outros portos da Ásia enquanto a China não autoriza a atracação dos supergraneleiros em seus portos.

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Com a inauguração do segundo centro de distribuição da empresa na Malásia, o problema de transporte estará resolvido, disse Martins. "Atualmente, já temos autorização para aportar em Rotterdam, Omã, Taranto, Ponta da Madeira e Tubarão e estamos negociando com outros portos para que façam adaptações. O Valemax necessita de calado de 23 metros. Nem todos os portos têm isso, mas podem fazer dragagem".

Murilo Ferreira disse ainda que a empresa deve concluir em dez dias a análise do projeto de potássio na Argentina. "Estamos avaliando o projeto de potássio em Rio Colorado. Temos interesse em ficar porque é um projeto de nível mundial. Não vamos discutir o exemplo político, precisamos ver as condições econômicas - afirmou, referindo-se ao clima de instabilidade no país gerado pela desapropriação da Repsol, pelo governo de Cristina Kirchner.