O presidente da Vale do Rio Doce (CVRD) anunciou que a empresa não pretende se desfazer de ativos da Inco ou interromper projetos da Vale já anunciados no Brasil para reduzir o seu nível de endividamento com a compra da mineradora canadense.
- Estamos comprando, não estamos vendendo. Todos os bens disponíveis que a Inco tem são muito bons, são válidos. Não queremos vender - diz Agnelli.
Agnelli informou que a empresa tomará empréstimos bancários de, no máximo, US$ 18 bilhões para concluir a aquisição de 75,66% do capital da Inco. Parte será usada já nesta quinta-feira, ou até a semana que vem. O restante pode ser usado para a compra das demais ações da empresa, já que o objetivo da CVRD é adquirir 100% dos papéis. A oferta de compra teve o prazo estendido para 3 de novembro.
Para reduzir a dívida que a companhia está contraindo com a compra da Inco, Agnelli aposta no crescimento da China, no preço alto de minérios no mercado internacional e na capacidade de geração de caixa da empresa. Segundo ele, "talvez em três anos" a empresa mudará de situação.
- Temos instrumentos disponíveis no mercado para garantir um balanço estável. Em termos de financiamento estamos muito bem - acrescenta.
Agnelli admite que a empresa está apostando em um "certo risco" futuro, mas diz estar confiante de que a empresa conseguirá pagar os débitos rapidamente.
Agnelli confirmou Scott Hand como CEO da Inco e anunciou a aposentadoria de Peter Jones, presidente da empresa canadense. No lugar dele, ficará Marc Cuttifani. Os outros diretores continuarão sendo os mesmos.
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