A Vale anunciou nesta quarta-feira 93) que obteve a licença ambiental de instalação de sua nova mina em Carajás, cujo projeto é batizado de S11-D. Trata-se da última etapa no processo de licenciamento e o aval final do Ibama veio um ano após a mineradora conseguir a licença prévia. Prevista para entrar em operação no segundo semestre de 2016, a mina é a grande aposta da Vale para ampliar sua produção, estagnada nos últimos anos, e ganhar mercado sobre as concorrentes australianas BHP e Rio Tinto -cuja extração de minério é crescente, o que as fez roubar participação de mercado da mineradora brasileira.

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A Vale investirá, ao todo, US$ 8,1 bilhões na mina. Outros US$ 11,6 bilhões já estão sendo aplicados na parte logística para o escoamento do minério, com a duplicação da ferrovia de Carajás e a ampliação da capacidade do porto de Ponta da Madeira, em São Luís (MA).Num cenário de desaceleração do consumo e da economia da China, principal cliente da Vale, Murilo Ferreira, presidente da mineradora, mostrou-se otimista e afirmou que o novo investimento em Carajás é de "longuíssimo prazo".

Ferreira disse ainda que o mercado de siderurgia já não mostra o vigor de antes e não cresce a taxas anuais de 6%.Para o executivo, porém, mesmo se crescer metade disso (3% ao ano) serão necessárias 40 milhões toneladas a mais de minério de ferro ao ano para suprir as usinas.

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O projeto de Carajás prevê uma produção de 90 milhões toneladas/ano, capacidade total que só será atingida em 2018. "É o maior e mais moderno projeto de minério de ferro do mundo".

Dentre as vantagens, o executivo citou a operação totalmente sem caminhões (toda a movimentação do minério será feita por esteiras mecânicas), o menor uso de água (redução de 93%) e de combustível (menos 77%).

Financiamento

O executivo disse que as principais fontes de financiamento do projeto serão bancos estatais de fomento, inclusive o BNDES. O banco brasileiro já apoia a parte logística do empreendimento.