A Vale reverteu prejuízo e apresentou um lucro líquido de R$ 6,311 bilhões no primeiro trimestre do ano passado. O lucro é explicado, além da recuperação do preço do minério de ferro do mercado internacional, pela valorização do real em relação ao dólar, o que beneficia a dívida denominada em dólar da mineradora.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 7,685 bilhões, crescimento de 66% na relação anual e de 43% na trimestral. A receita operacional líquida, por sua vez, chegou em R$ 22,067 bilhões, aumento de 22% na relação anual, mas recuo de 3% em relação aos três meses imediatamente anteriores.
Dívida líquida
A dívida líquida total da Vale no primeiro trimestre do ano somou US$ 27,661 bilhões, aumento de 11,5% em relação ao visto no mesmo período do ano passado. Em relação ao observado no fim de 2015, a dívida cresceu 9,6%.
A dívida bruta da mineradora no fim de março somava US$ 31,471 bilhões, aumento de 10,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação a dezembro, a dívida bruta subiu 9%. O prazo médio da dívida foi de 7,6 anos, informou a companhia no relatório que acompanha o seu demonstrativo financeiro.
A alavancagem, medida pela relação da dívida bruta pelo Ebitda ajustado, chegou em 4,2 vezes em 31 de março de 2016, ante 4,1 vezes em 31 de dezembro de 2015. No primeiro trimestre do ano passado, esse indicador estava em 2,6 vezes.
A Vale destacou que o fluxo de caixa livre foi negativo em US$ 1,919 bilhão. Segundo a companhia, apesar do Ebitda no período, o fluxo de caixa foi negativamente afetado pela liquidação de derivativos no trimestre e pelo aumento no capital de giro.
“A variação no capital de giro tende a ter um efeito positivo no fluxo de caixa no segundo trimestre de 2016, na medida em que as vendas sejam recebidas ao longo do trimestre”, segundo o relatório divulgado.