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Mercado financeiro

Vale termina semana R$ 51 bilhões menor na Bolsa, que volta bater recorde

 | MIGUEL SCHINCARIOL/AFP
(Foto: MIGUEL SCHINCARIOL/AFP)

A Vale termina primeira semana após tragédia de Brumadinho R$ 51 bilhões menor, mas caminhando para uma direção um pouco mais positiva na comparação com a perda registrada imediatamente após o rompimento da barragem. A leve recuperação da companhia ajudou a Bolsa brasileira a subir e voltar a bater recorde nesta sexta (1º). 

As ações da Vale subiram 1,64%, a R$ 46,25. Não há, porém, uma trajetória clara para os papéis da empresa, que tiveram dificuldade de avançar desde o tombo de 24,5% da segunda-feira. A Vale perdeu mais de R$ 70 bilhões em valor de mercado naquele dia. 

 Os papéis da companhia foram sustentados neste pregão pelo efeito da própria tragédia, a alta do preço do minério de ferro. A Vale é a maior exportadora mundial da matéria-prima, e com a possibilidade de redução de sua produção, os preços dispararam. 

 O dia foi de um volume de negócios mais reduzido na Bolsa, que movimentou R$ 14,1 bilhões. 

 O Ibovespa, principal índice acionário do país, ganhou 0,48% e fechou a 97.861 pontos -recorde histórico. 

 Após a disparada de mais de 10% em janeiro, o índice tem dificuldades de romper o patamar de 98 mil pontos, testado na quinta e também nesta sexta-feira. Durante a maior parte do dia, porém, o índice operou no negativo. 

Investidores se voltaram ao noticiário político, com a posse do novo Congresso e eleições para a presidência da Câmara e do Senado. A eleição será crucial para a aprovação de reformas, especialmente a da Previdência. Os favoritos são Rodrigo Maia (DEM) e Renan Calheiros (MDB), para Câmara e Senado, respectivamente. 

 "A vitória de Maia na Câmara e de Renan no Senado deve impulsionar a votação de pautas estruturantes que o governo Bolsonaro irá propor para o parlamento. Maia já um apoiador público de diversas ideias e propostas que Paulo Guedes e equipe vem falando. Já Renan disse que irá apoiar as propostas de cunho liberal, mesmo não tendo afinidade histórica com tal tipo de pauta", escreveu a Guide, em nota. 

 O mercado local é influenciado também pela indefinição de um acordo comercial entre Estados Unidos e China. O viés é mais positivo após notícias de que o presidente americano, Donald Trump, irá se reunir com o líder chinês Xi Jinping. 

No exterior, as Bolsas americanas operavam sem direção definida, refletindo divulgação de resultados de companhias. 

O dólar fechou o dia em leve alta, após a forte queda da véspera. A moeda americana terminou o dia a R$ 3,6630.

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