A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) vai investir US$ 4,626 bilhões este ano, o maior orçamento para investimentos de sua história, divulgou a empresa nesta quinta-feira. A maior mineradora de ferro do mundo e líder das exportações brasileiras informou ter investido US$ 10,5 bilhões ao longo dos últimos cinco anos. Nesse intervalo, distribuiu US$ 4,4 bilhões em dividendos aos acionistas.
Os US$ 4,6 bilhões orçados para investimento em 2005 significam um aumento de 37,6% em relação ao do ano passado, excluindo-se os recursos destinados à compra da mineradora canadense Canico. De acordo com a Vale, a ampliação se deve entre outros fatores, a investimentos em novos projetos, maior aplicação de recursos em projetos em andamento, maior desembolso com pesquisa e desenvolvimento e "alta de 15% em média nos custos com equipamentos e serviços de engenharia " .
Em comunicado, a CVRD afirma que seu plano de investimentos contempla projetos que ampliarão sua capacidade de produção de minério de ferro, pelotas, bauxita, alumina, cobre e níquel. Do orçamento total, 77% (US$ 3,558 bilhões) serão aplicados em crescimento orgânico, com projetos de novas minas e expansão da capacidade das já existentes, além de US$ 491 milhões para pesquisa e desenvolvimento. O US$ 1,068 bilhão restantes vão para "investimentos destinados à sustentação das operações existentes " .
Por área de atuação, os negócios com minerais ferrosos terão 46% dos investimentos totais (US$ 2,118 bilhões). Alumínio e logística terão 17% cada um e os minerais não ferrosos terão 9%.
No setor de minerais ferrosos, a Vale destinará US$ 1,475 bilhão somente a projetos. As verbas mais vultosas seguirão para a ampliação da capacidade das minas de Itabirito, Carajás e Brucutu. A empresa também construirá duas usinas de pelotização, uma em Itabiritos e outra em Tubarão, e concluirá obras de ampliação de portos no Rio de Janeiro (Sepetiba e Guaíba) e Maranhão (Ponta da Madeira).
No segmento de alumínio, a Vale investirá, entre outros projetos, na ampliação de capacidade da usina de Alunorte e no começo da atividade da mina de bauxita de Paragominas, ambas no Pará, e no mineroduto de bauxita entre as duas plantas. Em minerais não-ferrosos, os investimentos vão para a produção de níquel e cobre.
Em Logística, a mineradora aplicará US$ 482 milhões em infra-estrutura, principalmente na compra de locomotivas e vagões.