Os preços dos imóveis devem continuar em alta em 2011, mas a taxas mais modestas que as observadas nos últimos anos. Se em 2010 a valorização dos imóveis atingiu índices entre 25% e 30% bem acima da variação da inflação e de outros investimentos , para este ano a tendência é de que o avanço médio fique mais próximo de 10%. O estudo "Desempenho e Projeções no Preço Médio do Imóvel em Curitiba", pulicado pelo FAE Centro Universitário, projeta que os valores dos apartamentos de Curitiba terão um aumento nominal de 9,13% nos 12 meses encerrados em julho deste ano.
Com isso, o preço do metro quadrado de um imóvel médio, que já esteve em R$ 2,2 mil e chegou a 2,6 mil, pode atingir até R$ 2,8 mil no segundo semestre deste ano. Ou seja, a alta continua, mas menos acelerada. Ainda assim, para o consultor Marcos Kahtalian, da Brain Bureau de Inteligência Corporativa, o imóvel deve constar na lista de investimentos. "Qualquer carteira saudável de investimentos tem uma diversificação. E o mercado imobiliário tem se mostrado um ativo seguro", diz Kahtalian.
No Paraná, o planejamento das cidades e as obras de infraestrutura são apontadas como diferenciais em relação às outras capitais. Na opinião do empresário Sidney Axelrud, presidente da Redeimóveis, associação que reúne 12 das principais imobiliárias curitibanas, a cidade colhe os frutos de seu planejamento e a segurança que o investidor pode ter.
"Muitos empresários [do setor de imóveis] se associaram e vieram para cá. O mercado de Curitiba estava represado e por isso tivemos um crescimento maior nos investimentos. Além disso, o volume de negócios, e não apenas o valor do imóvel, tem aumentado", diz Axelrud.
O empresário Henrique Guerra, sócio da VCG Incorporadora, diz acreditar que o movimento de valorização dos preços continua, ainda que em velocidade menor. "Temos imóvel que foi adquirido por R$ 496 mil e já foi avaliado em R$ 615 mil em um período relativamente curto", diz Guerra, lembrando que imóveis na planta embutem uma perspectiva de valorização maior que a dos já prontos. Geralmente, quem compra na planta paga 40% do valor do imóvel até a entrega das chaves. Se houver uma valorização nesse período, o comprador sai ganhando.