A indústria deu o alerta. Nos próximos três anos o Brasil vai precisar de mais de sete milhões de profissionais de nível técnico para suprir a demanda do mercado, conforme mostrou o Mapa do Emprego na Indústria 2012, da Confederação Nacional das Indústrias (CNI). Enquanto sobram candidatos com formação superior generalista, faltam técnicos e tecnólogos especializados. Segundo analistas, não há duvida de que será preciso equilibrar essa equação para evitar um colapso em setores importantes da economia por falta profissionais qualificados.
Para profissionais com inclinação às carreiras técnicas seja para ocupações de técnico de nível médio ou de nível superior, os chamados tecnólogos o momento não poderia ser melhor. A vantagem para quem segue por esse caminho é chegar cedo e qualificado ao mercado de trabalho. Segundo o diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) Paraná, Marco Secco, o índice de empregabilidade dos egressos da instituição é de 90%.
Os salários também costumam ser bastante atraentes. Um levantamento feito pelo Senai em 18 estados brasileiros mostrou que a remuneração média inicial das 21 ocupações técnicas mais demandadas pela indústria chega a R$ 2.085,57, superando, inclusive, o salário pago a muitos profissionais de nível superior nessas unidades da federação. No Paraná, a média salarial é de R$ 1.089,05 e supera os ganhos de biomédicos, psicólogos e psicanalistas em início de carreira no estado.
Exigências
Com a exigência do mercado por profissionais especializados, as carreiras técnicas oferecem boas oportunidades de crescimento, embora ainda sejam associadas a ocupações de menor mobilidade e status. Além do conhecimento, a experiência é bastante valorizada pelas empresas e ajuda a incrementar o salário. Com 10 anos de experiência, o salário médio das 21 ocupações pesquisadas pelo Senai triplica no Paraná, chegando a R$ 6.380,95.
O mercado está mais exigente e só conhecimento técnico não basta. Profissionais que querem seguir carreira técnica precisam de outras competências como saber trabalhar em equipe, desempenhar outras funções, ter capacidade de gerenciamento, além de proatividade e boa comunicação. "Se engana quem pensa que o técnico é apenas um operador. Ele tem conhecimento para fazer vistorias, identificar problemas e sugerir soluções. Com máquinas cada vez mais automatizadas, precisamos de bons profissionais para gerenciá-las", afirma a professora Daniela Rosa, do curso técnico de Mecânica do Instituto Federal do Paraná (IFPR).
Técnico ou tecnólogo?
A área de atuação é vastíssima. São 220 cursos de formação técnica e mais 112 graduações tecnológicas espalhadas por instituições públicas e privadas em todo o Brasil. Em ambos os casos o tempo de formação é menor que o de cursos de bacharelado em média, dois anos para técnico e de dois a três para tecnólogo. Entre as áreas mais aquecidas para técnicos e tecnólogos estão a construção civil, logística, telecomunicações, siderurgia, metalurgia, mecatrônica, tecnologia da informação (TI), biotecnologia, alimentos, além de setores relacionados a cadeia de petróleo, gás e biocombustíveis.
Maiores salários
Qualificação
Confira no mapa as cidades paranaenses que oferecem cursos técnicos de nível médio e graduações tecnológicas de nível superior View Cursos técnicos no Paraná in a larger map