Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Aviação

Vamos enfrentar o duopólio, diz Beting

Gianfranco Beting, da Azul: empresa passa por “área de instabilidade” | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
Gianfranco Beting, da Azul: empresa passa por “área de instabilidade” (Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo)
Confira as principais palestras de hoje na Feira de Gestão da FAE |

1 de 1

Confira as principais palestras de hoje na Feira de Gestão da FAE

Pouco mais de oito meses depois da primeira decolagem, a Azul Linhas Áreas passa por uma "área de instabilidade", de acordo com seu diretor de marketing, Grianfranco Beting. "Estamos enfrentando uma guerra tarifária imposta pelas nossas principais concorrentes. Mas já sabíamos que isso iria acontecer e estamos capitalizados, preparados para seguir. Não vamos ser aniquilados, como aconteceu com outras que tentaram enfrentar o duopólio."

Beting participou na terça-feira à noite da Feira de Gestão da FAE Centro Universitário, que acontece até amanhã em Curitiba, e citou as duas concorrentes também para explicar o sucesso da Azul, que começou a voar no Brasil em dezembro com o conceito "low-cost, low fare". Segundo Beting, a companhia tem "a qualidade da TAM e o preço da Gol". "Por isso está dando certo", diz. A empresa tem hoje 5% do mercado de aviação doméstico do país (Tam e Gol somam quase 90%) e em agosto comemorou a marca de 1 milhão de passageiros transportados. "É, sem dúvida, o crescimento mais rápido da aviação brasileira e talvez do mundo."

A estratégia da Azul é ligar destinos que atualmente não são amplamente atendidos e fazer ligações diretas entre eles, sem passar pelos grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo. A principal operação da companhia é no aeroporto de Viracopos, na região de Campinas (a 100 quilômetros de São Paulo). De lá, oferece ônibus gratuito para a capital e outras cidades da região. "Nosso papel é voar para aeroportos que não estão saturados. Viracopos, por exemplo, era um gigante adormecido."

Expansão

A companhia tem hoje 12 aeronaves e mais duas devem começar a voar ainda este ano. Outras 80 já foram encomendadas, todas da Embraer, para serem entregues em até cinco anos. "Temos um plano de crescimento bastante ambicioso, mas durante esse período de operação já vimos que é possível", diz. Passada a "instabilidade", diz o diretor, a empresa pretende abrir capital na bolsa brasileira e também no exterior.

Para Beting, o mercado brasileiro de aviação ainda tem muito espaço para crescer. "As pessoas não voam hoje porque é caro e cheio de inconvenientes e de escalas. Mas o potencial é enorme", diz. "Somos 150 milhões de pessoas e apenas 50 milhões de passageiros. Nos EUA, a proporção é de 280 milhões de passageiros, para 300 milhões de habitantes."

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.