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Comércio

Varejo cresce 1,4% e renova expectativas

O segmento de supermercados continua a impulsionar o comércio varejista, com crescimento de 12,2% sobre 2008 | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
O segmento de supermercados continua a impulsionar o comércio varejista, com crescimento de 12,2% sobre 2008 (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

Depois de o crescimento de 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre ter decepcionado o mercado financeiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que as vendas do comércio varejista cresceram 1,4% em outubro, acima das expectativas dos economistas, que variavam de alta de 0,2% a 1,2%. "O dado foi surpreendente. Mostra um quarto trimestre começando forte", afirmou o analista de varejo da MCM Consultores, Alexandre Antunes, que viu nos dados força para dissipar a frustração gerada pela variação do PIB.As vendas do comércio varejista ampliado, que incluem automóveis e materiais de construção, registraram queda de 2,6%. Na comparação com setembro, a retração refletiu o recuo de 15,8% nas vendas de veículos e motos, partes e peças. Nessa mesma base, os materiais de construção elevaram as vendas em 0,8%. As vendas de hiper e supermercados, segmento de maior peso na pesquisa, tiveram desempenho positivo e puxaram para cima os resultados do varejo em outubro. O grupo de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo elevou as vendas em 1,4% em outubro ante setembro. Na comparação com outubro do ano passado, as vendas desse grupo aumentaram 12,2% e contribuíram, sozinhas, com 5,8 pontos porcentuais, ou 69% do aumento de 8,4% das vendas do comércio varejista no período.

Para o técnico da coordenação de serviços e comércio do IBGE Reinaldo Pereira, os dados indicam que o reaquecimento da economia após a crise está tornando os resultados do setor "mais robustos". Ele destacou que, entre as 10 atividades pesquisadas, apenas uma registrou queda nas vendas em outubro ante setembro (veículos) e também somente uma ante igual mês do ano passado (materiais de construção).

Para ele, "o que vem sustentando esses resultados é o aumento da renda e da massa salarial, a manutenção do emprego, os incentivos governamentais para vários segmentos, os juros básicos em patamar inferior ao ano passado, o retorno do crédito com prazos alongados e o câmbio, que está barateando produtos importados e também elevando o consumo".

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