O Paraná foi o estado com melhor resultado nas vendas do varejo no mês de fevereiro, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O comércio paranaense apresentou crescimento de 5,3% nas vendas, contra variação de 2,5% da média nacional. No acumulado do primeiro bimestre, as vendas no estado cresceram 10,7% o melhor desempenho das regiões Sul e do Sudeste , enquanto a média nacional foi de 5,4%. O bom desempenho do estado foi influenciado pelas atividades de hipermercados e supermercados (21,8%), artigos farmacêuticos e de perfumaria (20,6%), móveis e eletrodomésticos (16,6%) e artigos de uso pessoal e doméstico (15,8%).
O resultado no acumulado do bimestre foi puxado por artigos farmacêuticos e de perfumaria (22,0%), hipermercados e supermercados (21,8%), móveis e eletrodomésticos (21,0%) e artigos de uso pessoal e doméstico (19,8%).
Embora a taxa nacional de vendas acumuladas em 12 meses no varejo venha desacelerando desde março de 2011, o horizonte é favorável para o comércio. As medidas tomadas pelo governo para reaquecer a demanda interna devem se refletir nas próximas leituras da pesquisa
"O governo está tomando medidas para incentivar o comércio interno. Se derem certo, essa curva (das vendas em 12 meses) vai melhorar novamente no varejo restrito", avalia Reinaldo Pereira gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. "Como ainda estamos no início de 2012, a gente não sabe se a curva do varejo vai continuar caindo ou se vai se recuperar."
Algumas atividades já mostram uma tendência de melhora, como o setor de hipermercados e supermercados. Desde dezembro de 2011, a taxa em 12 meses voltou a acelerar. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o volume de vendas de supermercados acumula uma alta de 5,1%. No mesmo período, a taxa acumulada do comércio varejista restrito aponta uma alta de 6,7%.
"A atividade de supermercados está se recuperando. O que percebemos é que houve melhora nos preços. Os preços dos alimentos estavam muito altos no ano passado. E, este ano, tivemos melhora nos preços dos produtos alimentícios. Isso revigorou a demanda por produtos e beneficiou a atividade", explicou Pereira. "A taxa de hipermercados parece que vai subir mais."
O gerente do IBGE lembrou que a redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca - fogões, refrigeradores e máquinas de lavar - e agora também para mobiliário também devem acelerar o ritmo de alta nas vendas.
"O governo estendeu redução de IPI da linha branca, algumas medidas macroprudenciais foram retiradas, e agora teve redução de IPI também para móveis. Então vemos um incentivo do governo, e várias outras medidas podem ser tomadas, se necessário, para aumentar o consumo interno. Isso certamente deverá ser captado pela nossa pesquisa", previu Pereira.
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