O diretor da consultoria Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, disse nesta segunda-feira que a Varig continua negociando diretamente com empresas interessadas em emprestar dinheiro para o capital de giro da companhia. Para Gomes, as condições oferecidas pelo BNDES, que nesta segunda-feira informou que não aprovou nenhuma das propostas apresentadas para empréstimo-ponte à Varig, não são atraentes para os investidores.

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- As condições que o BNDES exigiu não eram muito interessantes para os players pegarem. As empresas interessadas estão negociando diretamente com a Varig e as negociações estão bem avançadas. Estamos discutindo agora condições que estarão no data-room. Não temos prazo definido para o empréstimo-ponte mas estamos trabalhando para definir este empréstimo para ontem. O quanto antes sair, melhor. Estamos trabalhando com fontes de financiamento nacionais e internacionais - disse, afirmando que além dos interessados no empréstimo-ponte, agora 18 empresas também manifestaram interesse no leilão da companhia.

Gomes descartou a possibilidade de antecipar o leilão da Varig, previsto para acontecer no início de julho. Para ele, o mais importante é antecipar os dados sobre a empresa para que os investidores possam avaliar melhor sua posição quanto ao leilão e também quanto ao empréstimo-ponte.

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O presidente da Varig, Marcelo Bottini, chegou a dizer que o leilão poderia ser antecipado em uma semana, para o final de junho, informação que não foi confirmada por Marcelo Gomes. A possibilidade de antecipação do leilão é considerada pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, que acompanha o processo de recuperação judicial da Varig.

Para Ayoub, não há obstáculo, desde que a viabilidade de antecipação exista, com base em informações técnicas que devem ser apresentadas pela reestruturadora da Varig, no caso a consultoria Alvarez & Marsal.