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Aviação

VarigLog admite pagar credores da Varig à vista

Rio de Janeiro – A VarigLog poderá pagar à vista aos credores da Varig, mas com desconto, o valor previsto para ser diluído em dez anos na proposta original de compra da companhia aérea, informou ontem o promotor do Ministério Público, Gustavo Lunz. Depois de quase nove horas de reunião – na audiência judicial para decidir o futuro da Varig –, o promotor afirmou que esta será a possível única mudança na proposta da VarigLog, que na sexta-feira recebeu um parecer desfavorável da consultoria Deloitte, administradora judicial da Varig.

Na avaliação da Deloitte, a falência da Varig seria mais vantajosa para os credores do que a proposta da VarigLog. Lunz, no entanto, ressaltou que no caso de uma falência a empresa não teria o que vender. "Esses ativos existem porque é uma recuperação judicial. Se for pela falência, não tem nem o que ser vendido", disse o promotor a jornalistas ao sair da sala de reuniões onde, até o fechamento desta edição, representantes da VarigLog, da Deloitte e os juízes envolvidos continuavam negociação. "O valor de uma marca não é nenhum na falência", complementou.

De acordo com o promotor, a tendência é o fechamento de um acordo com a VarigLog e a Justiça deverá convocar uma assembléia de credores para avaliar a proposta entre os dias 17 e 18 de julho. Se aprovada a proposta, um segundo leilão de venda da Varig será realizado dois dias depois, com a possibilidade de outras empresas interessadas participarem.

O preço mínimo oferecido pela VarigLog é de R$ 277 milhões, sendo que 100 milhões seriam pagos ao longo de dez anos em debêntures conversíveis em ações. Pelo novo modelo, segundo Lunz, a VarigLog pagaria R$ 92 milhões à vista aos credores da Varig

Contestação

Os advogados da VarigLog apresentaram ontem documento contestando o parecer da Deloitte, administradora judicial da Varig. Na última sexta-feira, a consultoria entregou à Justiça um relatório em que avalia que a venda da companhia aérea não seria benéfica para os credores. Marco Antônio Audi, sócio da Volo do Brasil, dona da VarigLog, já havia afirmado que a empresa não estava disposta a modificar sua oferta. A VarigLog realizou ontem o 11.º depósito para garantir a sobrevivência da Varig. O valor não foi informado, mas até a última sexta-feira a ex-subsidiária já havia aportado US$ 11 milhões. A Varig tem usado os recursos para pagar despesas com combustível e tarifas. Ontem, a empresa aérea pagou R$ 175 mil à Infraero referentes a tarifas aeroportuárias de hoje.

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