O promotor de Justiça do Ministério Público Estadual Gustavo Lunz afirmou nesta segunda-feira que a VarigLog, que tenta comprar a Varig, não elevou sua proposta de R$ 277 milhões pela companhia. O valor foi um dos principais itens questionados pela administradora judicial da empresa, a Deloitte, que chegou a afirmar que a falêncua era melhor que a venda dentro dos termos oferecidos.
O grupo, no entanto, se propôs a entregar à vista debêntures correspondentes a R$ 100 milhões a trabalhadores e credores. A proposta anterior previa que os papéis fossem distribuídos em um prazo de 10 anos. Com a redução do prazo da operação, no entanto, e, conseqüentemente a redução dos juros, o montante a ser distribuído baixaria para cerca de R$ 92 milhões.
Lunz participou durante todo o dia de uma reunião envolvendo representantes da VarigLog, da Varig, da Deloitte e da Justiça, que até as 22h desta segunda-feira não havia chegado ao fim.
O promotor, no entanto, afirmou que a decisão teria que sair anda nesta segunda-feira.
- Mas para isso os credores têm que acreditar que isso (a nova proposta) é melhor que uma falência - disse.
Caso a proposta da VarigLog seja aprovada, a assembléia de credores para sua avaliação deverá ser realizada no dia 17 de julho. O leilão da empresa seria realizado dois dias depois.