O diretor da consultoria Alvarez e Marsal Marcelo Gomes, que faz a reestruturação financeira da Varig, afirmou neste domingo que a VarigLog tem condições de alterar a proposta de compra da companhia aérea para que a Justiça convoque o mais rápido possível a assembléia de credores para aprovar um novo leilão de venda da empresa.

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Gomes negou que o relatório apresentado pela Deloitte, administradora judicial da Varig, se posicione contra a proposta da VarigLog, ex-subsidiária da Varig, atualmente sob controle da Volo do Brasil.

- O relatório da Deloitte foi apenas para informar que algumas coisas deveriam ser alteradas na proposta da VarigLog para enquadramento na lei. Não existe opinião contra. Existe opinião para que seja enquadrada uma proposta dentro da lei - analisou.

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Gomes mantém a expectativa positiva em relação à realização de um novo leilão judicial. Um dos pontos questionados pela Deloitte na proposta diz respeito ao preço mínimo sugerido para o leilão - de R$ 277 milhões.

Ele destacou, porém, que sobre esse valor, que corresponde ao desembolso de dinheiro novo, têm que ser somadas duas coisas:

- A VarigLog está assumindo o passivo referente ao programa de milhagem Smiles, estimado em aproximadamente R$ 70 milhões. Ela está assumindo também o passivo referente a transportes a executar, isto é, passagens que foram emitidas que a VarigLog vai honrar. Esse passivo está estimado em algo em torno de R$ 500 milhões - disse o executivo.

De acordo com ele, incluindo o preço mínimo no leilão, o total atinge cerca de R$ 850 milhões.

Nesta segunda-feira, estão agendadas reuniões da VarigLog com a Varig e com o juiz Luiz Roberto Ayoub, titular da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que preside o processo de recuperação judicial da companhia.

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