As vendas de veículos no mercado brasileiro somaram 251.720 unidades em novembro, indicando baixa de 14,52% na comparação com o mês anterior. Apesar dessa queda aparentemente brusca, este foi o melhor novembro de todos os tempos para o setor, superando a marca que havia sido registrada em 2007, quando 237.015 veículos haviam sido emplacados. No confronto com o mesmo mês de 2008, bastante afetado pela crise financeira global, vê-se um salto de 41,49% nas vendas, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Nos onze primeiros meses do ano foram comercializados 2.848.196 veículos, 8,44% mais que em igual intervalo de 2008. Os dados incluem automóveis comerciais leves, caminhões e ônibus.Considerando apenas automóveis e comerciais leves, as vendas de 238.504 unidades exibiram uma baixa de 15,23% entre outubro e novembro. No confronto com novembro de 2008, houve um acréscimo de 43,44%. De janeiro a novembro, este segmento vendeu 2.731.538 unidades, o que traduz uma alta de 9,81% sobre período correspondente de 2008.O presidente da Fiat no Brasil e América Latina, Cledorvino Belini, que anunciou ontem os investimentos que a montadora italiana planeja para 2010 (leia mais ao lado), diz que a indústria automotiva brasileira tem condições de crescer "pelo menos" 5% em 2010, para algo como 3,15 milhões de automóveis e comerciais leves. Para 2009, sua expectativa é de que o mercado venda de 2,95 milhões a 3 milhões de veículos, um "belo número" quando comparado às expectativas iniciais de 2,2 milhões que vinham sendo aventadas pela indústria no começo do ano.
O executivo acredita também que a previsão de 4 milhões de veículos vendidos em 2012, traçada por alguns especialistas do setor, é factível. "Existem todas as condições, tudo dependerá de o Brasil manter as regras macroeconômicas estáveis e de a economia crescer acima de 5%. Contamos no momento com avanços na infraestrutura, juros competitivos e crédito", observou.