Há algum tempo, economistas advertem que as armas do BC para animar a economia estavam perdendo efeito. Funciona assim: o governo baixa imposto e facilita o crédito, o cidadão compra carro novo financiado em 48 meses; por mais que surjam benefícios, dificilmente esse sujeito comprará outro carro até terminar de pagar o atual – e as taxas de inadimplência mostram que muitos nem conseguem pagar. O mesmo vale para geladeira, fogão...

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Essas medidas eram paliativos, enquanto o governo esperava a recuperação internacional. Como isso não ocorreu, começa a ficar claro que: 1) o Brasil é mais dependente do mercado externo que o governo pensava, tanto em termos de comércio (exportações) quanto de poupança (investimento estrangeiro em renda fixa e ações); 2) a insistência em incentivar o consumo pode ter feito mais mal que bem.

Até agora, o Brasil se deu bem por vias próprias, inventadas ao longo da caminhada. Para seguir adiante, é bem provável que tenha de adotar uma bússola mais tradicional – corte de gastos governamentais e estímulo ao investimento.

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