Foz do Iguaçu - A carga tributária excessiva, a falta de estrutura e de logística e o protecionismo de países vizinhos, todos problemas historicamente enfrentados pelo Brasil, ganham proporção gigantesca no atual momento de recuperação econômica. A avaliação é de empresários e autoridades brasileiras reunidas em Foz do Iguaçu, durante o I Encontro de Comércio Exterior (Encomex) do Mercosul.
No comércio do Brasil com os demais países do bloco (Argentina, Paraguai, Uruguai) e a Venezuela (em processo de adesão), a retração mundial pôde ser sentida com mais força. Um dos motivos, explica o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, seria a própria natureza das exportações brasileiras a esses países.
"Como os produtos industrializados, como os veículos, são maioria na conta das exportações, a imediata queda da demanda nos mercados vizinhos teve reflexo direto na balança comercial brasileira", apontou Barral na abertura do encontro, lembrando que desde o início do ano as negociações com a Argentina amargam queda de 40%. Uma das alternativas seria investir em acordos com terceiros mercados, avançando para além das fronteiras de bloco.
Mais que as barreiras aduaneiras, a ampliação da cartela de parceiros comerciais também esbarra em exigências sanitárias, como acontece na indústria farmacêutica. "Não adianta termos uma lista de potenciais produtos importados de outros e não do Mercosul, como máquinas, equipamentos eletroeletrônicos e materiais de transporte, se não temos condições de competir", afirma.
A burocracia e a ideia equivocada de defesa da indústria nacional, reforça o secretário, também têm efeito negativo na meta de retomada e crescimento da economia. Para Barral, os novos modelos deverão reforçar a integração regional e o mercado consumidor interno, por isso a importância das parcerias com os vizinhos. "Por outro lado, há coisas que não funcionam, como o protecionismo, um câncer que traz conseqüências nefastas e que leva a retaliações, contaminando todo o processo."
Paraná
A posição do Paraná no comércio exterior e a importância do incentivo às micro e pequenas empresas foram apresentadas como bons exemplos aos demais estados brasileiros e aos parceiros de Mercosul. Terceiro maior importador e exportador brasileiro, o estado defende a redução dos juros.
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