Venda de eletroeletrônicos desacelera

São Paulo – Apesar da proximidade das festas de final de ano, período de maior consumo no varejo, houve redução no ritmo de vendas no setor de eletroeletrônicos. Dados divulgados ontem pela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) mostram que as vendas do setor apontam crescimento de 11,79% no acumulado de janeiro a setembro deste ano. Até o final do primeiro semestre, a expansão era de 14,43%. O crescimento menor das vendas do setor, segundo a Eletros, é reflexo, principalmente, do desempenho da linha de imagem e som – o que já era esperado. O segmento diminuiu o ritmo de expansão de 37,17% no primeiro semestre para 19,85% no acumulado do ano até setembro.

A retração na venda de televisores já era prevista pela Eletros. A linha foi a que mais influenciou as vendas nos primeiros seis meses do ano, por conta das promoções de televisores durante a Copa do Mundo. Tanto que a Eletros chegou a rever a projeção de vendas no segundo semestre, para 4 milhões de unidades – no primeiro semestre foram 6 milhões.

Já a linha branca melhorou o desempenho, e as vendas cresceram 9,75% até setembro, contra 5% de janeiro a junho.

"O balanço do terceiro trimestre mostra que houve uma mudança no comportamento de vendas dos diferentes segmentos. Os televisores foram os propulsores de venda do primeiro semestre. Já no terceiro trimestre do ano, a linha branca teve maior destaque", afirmou o presidente da Eletros, Paulo Saab

Internet

As vendas por internet no Brasil devem crescer 64,8% neste Natal, segundo a empresa de marketing on-line e-bit. O faturamento de sites de comércio eletrônico, aponta a e-bit, deve crescer de R$ 458 milhões entre 15 de novembro e 23 de dezembro de 2005 para R$ 755 milhões neste ano.

O porcentual de crescimento é bastante superior ao do comércio tradicional. A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), por exemplo, estima que as vendas no Natal de 2006 tenham um crescimento entre 4% e 5% na comparação com o mesmo período do ano passado. O volume de vendas alcançaria R$ 60 bilhões.