Com a venda da TAG, rede de gasodutos que interliga as Regiões Sudeste e Nordeste do País, a Petrobrás registrou lucro de R$ 18,9 bilhões no segundo trimestre, o maior da história da empresa para o período. O resultado foi influenciado pela combinação de alta do petróleo e taxa de câmbio favorável à empresa.
Se não fossem os ganhos que não devem acontecer de novo, o lucro teria sido de R$ 5,2 bilhões, abaixo da expectativa do mercado, de R$ 7,7 bilhões. Também ficaria abaixo do lucro registrado em igual período do ano passado, de R$ 10 bilhões.
Ainda assim, a leitura de especialistas é que o resultado foi positivo. “Falta muita coisa no processo de recuperação, mas a empresa já está numa trajetória de lucros líquidos contábeis, revertendo períodos de prejuízos trimestrais e anuais”, afirmou Helder Queiroz, ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e professor da UFRJ.
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Já Pedro Galdi, analista da Mirae Asset Wealth Management, disse que “o lucro ficou um pouco abaixo da nossa expectativa de R$ 20 bilhões para o trimestre, mas os investidores vão gostar dos números e deverão refletir positivamente sobre o preço da ação por essa informação”.
Por conta do alto endividamento, de US$ 83,7 bilhões, a empresa continuará vendendo ativos. A perspectiva é de redução da dívida no terceiro trimestre. Em nota, a Petrobrás lembra que ainda ficou com 37,5% do capital da BR, que no futuro poderá vender parcial ou totalmente. "Enquanto isso, vamos nos beneficiar como acionistas do enorme potencial de criação de valor da BR com a flexibilidade que possui uma empresa privada”.
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