A venda de tablets no Brasil caiu 38% no ano passado, em comparação com 2014 – foi a primeira vez, desde 2010, quando os aparelhos surgiram no país, que houve retração no número de aparelhos comercializados em relação ao ano anterior.
Em 2015, foram vendidos cerca de 5,8 milhões de unidades, enquanto, no ano anterior, 9,5 milhões de tablets deixaram as lojas. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (21) pela consultoria IDC Brasil.
Do total de aparelhos comercializados, 5,734 milhões (98,8%) foram modelos convencionais e 111 mil (1,2%) notebooks com telas destacáveis, popularmente conhecidos como removíveis ou híbridos. Apesar da baixa fatia no país, este tipo de tablet tem sido visto como uma tendência forte pelo mercado e por empresas de pesquisa – a IDC estima que a venda mundial de tablets com teclado removível crescerá de 16,6 milhões em 2015 para 63,8 milhões em 2020.
“O tablet deixou de ser novidade e, além disso, diante da instabilidade político-econômica do país durante todo ano passado, com desemprego em alta e confiança do consumidor em baixa, passou a ser objeto de compra secundário”, afirma em nota o analista de pesquisas da IDC Brasil.
Segundo o consultor, empresas estrangeiras começaram a deixar o país por conta das sucessivas altas do dólar e, com isso, houve menor oferta de produtos nas lojas. Além disso, os tablets também tiveram de enfrentar uma competição com os smartphones de tela maior e preços compatíveis.
Em 2015, a média de preço dos tablets foi de R$ 448, alta de 2% em comparação com 2014, quando o tíquete médio era de R$ 440.
Computadores
A retração no mercado brasileiro de tablets segue um mesmo cenário vivido pelos computadores em 2015. No início do mês, a IDC Brasil anunciou que as vendas de computadores regrediram ao nível de 10 anos atrás – foram vendidas 6,6 milhões de unidades em 2015, o que representa uma retração de 36% em relação a 2014.
