A venda de veículos importados em abril caiu 28,1% em comparação ao mesmo mês do ano passado, para 11.917 unidades, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (14) pela Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva). Sobre março deste ano, as vendas de abril recuaram 12,8%. No acumulado do ano até abril, as vendas de veículos importados caíram 9,2% em relação ao mesmo período de 2011, para 47.380 unidades.
O presidente da Abeiva, Flavio Padovan, disse que a queda nas vendas de veículos importados é o primeiro reflexo da alta de 30 pontos porcentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que entrou em vigor em dezembro do ano passado.
De acordo com a Abeiva, algumas importadoras ainda têm estoques até este mês de automóveis com IPI antigo e certamente terão de repassar os custos com o tributo a partir de maio. A entidade calcula que o aumento do IPI representará um impacto de 26% a 28% sobre os preços dos veículos importados, mas nem todo porcentual será repassado ao consumidor.
Padovan disse que a Abeiva teve diversas reuniões com o ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, para tentar viabilizar ao menos um sistema de cotas de veículos com IPI menor. "Esperamos sinceramente que o governo seja sensível aos apelos da Abeiva, cujas associadas recolhem cerca de R$ 6 bilhões por ano em impostos e empregam 35 mil trabalhadores", disse o executivo.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast