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R$ 177 milhões foi a receita líquida da marca Ypióca em 2011. Foram vendidos no período 6,6 milhões de caixas de 9 garrafas, o que representou 8% de participação de mercado de cachaça no Brasil. A Ypióca ocupa o terceiro lugar no ranking de vendas da categoria.
O grupo britânico de bebidas Diageo, dono de marcas como Smirnoff, José Cuervo e Johnnie Walker, anunciou ontem a compra da cachaça brasileira Ypióca por US$ 469 milhões (cerca de R$ 900 milhões). A aquisição faz parte da estratégia da empresa de alcançar em mercados emergentes metade de sua receita até 2015. A previsão é que o negócio seja concluído em um mês.
O atual presidente e sócio-controlador da Ypióca, Everardo Telles, vai permanecer no conselho consultivo da empresa durante um período de transição. Ele é bisneto do fundador, Dario Telles de Menezes, que destilou o primeiro litro de cachaça da marca em 1846. O grupo dirigido por Telles atua também nos setores de água mineral, papel, papelão, embalagens, produção de cana-de-açúcar, milho, feijão, leite e criação de suínos, caprinos e ovinos. Apenas a área de bebidas alcoólicas foi adquirida.
As cachaças Ypióca renderam cerca de R$ 177 milhões em receita líquida em 2011, segundo dados divulgados pela Diageo. Foram vendidos no período 6,6 milhões de caixas de 9 litros, o que representou 8% de participação de mercado de cachaça no Brasil.
Segundo o presidente do Diageo para o Brasil, Uruguai e Paraguai, Otto Von Sothen, o negócio expande a presença do grupo no Brasil e dá mais acesso ao "número crescente de consumidores de classe média que estão puxando a elevação das marcas premium".
Na avaliação da compra, a companhia estrangeira considerou a força da cachaça no país e a posição da Ypióca (3.º no geral da categoria) entre as suas concorrentes. A Diageo vai se utilizar dos atuais 250 mil pontos de venda da Ypióca para agregar os 150 mil pontos de venda da empresa, que já vendem com destaque as marcas Johnnie Walker e Smirnoff. "Inicialmente, vamos operar a Ypióca de forma exclusiva, mas vemos uma oportunidade de complementaridade", informou Von Sothen.
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