As vendas no comércio varejista brasileiro recuaram em junho frente a maio, após três meses de taxas positivas, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Esse foi o segundo resultado negativo do ano. A expectativa de analistas, no entanto, é de recuperação no segundo semestre.
O volume de vendas caiu 0,38% nessa comparação, com ajuste sazonal, e subiu 4,08% em relação a igual mês do ano passado.
Estimativas reunidas em uma pesquisa da Reuters apontavam, em média, queda de 0,75% na comparação mês a mês e alta de 4,8% na relação anual.
Na série ajustada, calculada para quatro das oito atividades que compõem o setor, somente a atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve resultado positivo, de 1%.
Em relação a junho do ano passado, as vendas nesse segmento aumentaram 8,49%, "com a melhora nos níveis de ocupação e rendimento", afirmou o IBGE.
Ainda nessa comparação, as vendas cresceram em seis das oito atividades do varejo. A variação mais acentuada ficou com Equipamentos e material para escritório, com alta de 31%.
- A queda no dado dessazonalizado no mês mostra que houve queda no consumo no segundo trimestre frente ao primeiro. Isto também ocorreu com a produção industrial - afirmou Zeina Latiff, economista do ABN Amro Real.
- A dúvida é quanto à transitoriedade ou não da desaceleração. E acreditamos que é transitória porque a confiança do consumidor vai bem... Lançamos como razão possível para a desaceleração o aumento da inadimplência, mas já vemos queda neste dado. Portanto, continuamos esperando recuperação no segundo semestre.
No ano, as vendas acumulam crescimento de 5,68% e em 12 meses, de 5,34%.
No chamado comércio varejista ampliado --que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças, além de Material de construção--, as vendas subiram 1,77% frente a junho de 2005.
A receita nominal do comércio caiu 0,25% ante maio e subiu 4,75% frente ao mesmo período de 2005.
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